A Palavra dos Leitores | 30-07-2008 13:19

Instituto da Água “congelou” construção de barragem

Em Outubro de 2007 houve entendimento político generalizado em Constância ao considerar-se que a barragem não deveria concretizar-se à cota 31 se fosse construída em Almourol, pois seria bastante prejudicial aos interesses do concelho. No entanto, o Presidente António Mendes, antecipando-se a qualquer discussão defendeu que essa barragem às cotas 29 a 31 deveria ser construída paredes-meias com a vila, a montante de Constância, incluindo nessa alternativa a necessária ponte entre a EN118 e a A23 e o reclamado açude no rio Zêzere e fez chegar essas intenções ao INAG antes de terminado o período de discussão pública, a 13 de Novembro de 2007. Antes de existir conhecimento público dessas pretensões de António Mendes, o PS de Constância defendeu, em comunicado, a construção da barragem em Almourol, com o devido abaixamento de cota e minimização de efeitos negativos nas construções ribeirinhas de Constância.Em Janeiro, o INAG desvalorizou os impactes que a barragem à cota 31 em Almourol teria em Constância, evidenciando mesmo alguns erros do estudo apresentado pela Câmara Municipal. O que se terá passado desde meados de Janeiro até à data do lançamento do concurso em finais de Abril último e que levou a que se considerasse apenas, estranhamente, a alternativa a montante de Constância? Por que razão, apesar de a cota ter sido substancialmente reduzida (de 31 para 24, salvaguardando-se assim os interesses da vila poema), foi definido para concurso que a barragem seria a montante de Constância - a alternativa pouco defendida, consultada e estudada - com toda a sobrecarga de custos das infra-estruturas solicitadas e da própria largura da barragem?Não é de estranhar que nenhum concorrente tenha manifestado intenção de construir algo tão dispendioso e, consequentemente, de tão reduzida ou nula viabilidade económica. Quem souber que explique muito bem a todos os ribatejanos, em especial aos de Abrantes, Constância, Chamusca e Vila Nova da Barquinha e a todos os que continuarão a queixar-se, com razão, da falta de uma ponte rodoviária digna entre a EN118 e a A23 e do crescente transporte de resíduos para o Eco-Parque da Chamusca. É o mínimo que qualquer cidadão pode pedir depois de tão atribulado processo!Rui Silva Pires

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