Arquivo | 04-01-2005 23:57

Autarcas de Santarém indignados com obra da Brisa

A Câmara Municipal de Santarém e a presidente da Junta de Freguesia de Almoster acusam as empresas que estão a fazer as obras de alargamento da A1 de "menosprezo e desrespeito" pelas populações.A Câmara Municipal de Santarém insurge-se contra a forma como a Somague (empresa que realiza a obra) "tomou conta de tudo", com "uma circulação massiva, e sem qualquer respeito pelos habitantes, de camiões pesados e de máquinas de grande tonelagem" que provocam "danos muito graves nos pisos das estradas e caminhos municipais" na freguesia de Almoster.O gabinete de comunicação da Brisa afirma, em comunicado, que a utilização das vias municipais, "por necessidade da obra de alargamento da A1", respeita a sinalização existente.Por outro lado, assegura que o empreiteiro tem procedido a reparações nas zonas mais degradadas, respeitando a "obrigação contratual de manter uma boa condição de circulação e de repor no final as vias no estado encontrado quando as começou a utilizar".Contudo, a presidente da Junta de Freguesia de Almoster, Eva Costa, refere que, apesar dos contactos, verbais e escritos, com as empresas que estão a fazer as obras de alargamento da A1 e que têm estaleiro, até ao momento não foi reposto o pavimento em nenhuma das vias danificadas nem colocada a sinalização solicitada. Sendo o desvio feito devido à demolição da ponte da Atalaia o que tem causado mais danos nas viaturas. Eva Costa alega que o compromisso de manter e sinalizar devidamente o desvio que atravessa a povoação de Casal Paúl "não está a ser cumprido".Por seu turno, a Brisa assegura que o desvio provisório "contém a sinalização suficiente à orientação alterada localmente, conduzindo os condutores até à retoma do percurso interrompido", e que o empreiteiro "implementou" as "condições de melhoramento que deveriam ser efectuadas".Numa nota à imprensa, a autarquia acusa a Somague de nunca ter elaborado o protocolo que se comprometeu a realizar de forma a garantir a reparação dos estragos provocados nas estradas e caminhos municipais nem de cumprir a promessa de criar as melhores condições de circulação (piso) e segurança (sinalização) do desvio em Atalaia.Segundo afirma, em Novembro e Dezembro registaram-se diversos acidentes nesse desvio "provocados pelo mau estado do piso e pela ausência da adequada sinalização"."Apesar dos alertas, dos ofícios, das chamadas de atenção, não houve respostas à Câmara Municipal de Santarém por parte da Brisa, do IEP e do Ministério dos Transportes e Comunicações", afirma.A Brisa assegura que tem participado com o empreiteiro em reuniões tripartidas com a Câmara de Santarém "e desconhece qualquer ofício ou comunicação escrita sobre o assunto, tendo procurado sempre, prontamente, atender às questões que foram levantadas nas reuniões".Para a autarquia, a situação é mais grave devido à série de estrangulamentos que estão a "trazer o caos" nos acessos a Santarém, provocados pela forma como foram planeados os trabalhos que estão a ser desenvolvidos pelo IEP no concelho.Além dos trabalhos na A1, com dificuldades de circulação no sub-lanço que liga Santarém a Aveiras e com as condicionantes criadas na freguesia de Almoster, a autarquia aponta as obras e proibição à circulação de pesados nas pontes da Asseca (Estrada Nacional 3), das Fontainhas (EN365) e da Louriceira (EN114-2).

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