Arquivo | 22-02-2005 16:48

Cartaxo e Benavente asseguram prevenção de toxicodependências

As autarquias de Benavente e Cartaxo vão assegurar o funcionamento dos seus planos municipais de prevenção das toxicodependências, apesar de terem sido suspensos pelo Instituto da Droga e Toxicodependência (IDT), disseram à Agência Lusa fontes autárquicas.Elvira Tristão, vereadora na Câmara Municipal do Cartaxo, disse hoje à Lusa que o plano municipal vigorou até ao início do mês, não tendo sido renovado pelo IDT, pelo que a autarquia decidiu assumir os custos da continuação dos projectos, ambos envolvendo população escolar, até ao final do ano lectivo, esperando que entretanto surjam novas directrizes.No caso de Benavente, o presidente da autarquia, António José Ganhão, disse à Lusa que foi decidido manter apenas o projecto que decorria em meio escolar, assumindo o município o pagamento de meio tempo à psicóloga que está a desenvolver o trabalho.A responsável pelo IDT no distrito de Santarém, Isabel Baptista, disse à Lusa que o plano iniciado em 2000 a nível nacional terminou no final de 2004, estando em curso apenas os projectos que haviam sido renovados antes dessa data.Segundo Isabel Baptista, o plano está em fase de avaliação para que daí surjam directrizes para a estratégia que vigorará até 2012, assegurando que, a manterem-se (como prevê), os planos municipais vigorarão não por um ano mas por períodos de dois a três anos e sofrerão alguma reformulação.Nos casos do Cartaxo, Benavente e Coruche, os planos municipais caducaram no início de Fevereiro "e não havia base legal para os renovar", disse, afirmando esperar que haja uma definição antes de Março, mês em que caduca mais um plano no distrito, o de Rio Maior.Saudando a decisão das autarquias do Cartaxo e de Benavente (Coruche vai discutir a questão numa próxima reunião camarária) de prosseguirem com os planos ou pelo menos parte deles, Isabel Baptista afirmou que essa vontade demonstra que o trabalho realizado é visto de forma positiva.Segundo disse, os técnicos vão continuar a acompanhar e a supervisionar os projectos que as autarquias decidiram prosseguir.Elvira Tristão disse à Lusa que, no caso do Cartaxo, a autarquia decidiu assumir o pagamento de 15 mil euros aos promotores dos dois projectos em curso, um em meio escolar e outro com associações mas envolvendo população escolar, até ao final do ano lectivo.A Câmara de Benavente decidiu manter apenas o projecto que decorre em meio escolar, apesar de reconhecer a acção positiva do que estava a ser realizado através de colectividades e associações desportivas do concelho, o qual envolveu mais de 200 jovens.Segundo António Ganhão, este projecto permitiu detectar que em 12 situações de abandono ou insucesso escolar ou de desemprego tinha havido contacto com drogas ou álcool, tendo a intervenção realizada permitido que nove desses jovens abandonassem o consumo e regressassem à escola ou ingressassem no mundo do trabalho."Isto mostra que vale a pena o esforço", disse, afirmando esperar que as novas directrizes permitam garantir a continuidade dos projectos e que estes não sejam interrompidos a meio do percurso, como aconteceu.

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