Arquivo | 08-03-2006 11:39

Enterro do Galo salvo no último momento

Foi à última hora que três foliões da velha guarda arregaçaram as mangas, puxaram pela cabeça e fizeram as quadras para o testamento a ser lido no “Enterro do Galo” da Chamusca. A tradição que encerra os festejos do Carnaval, na noite de quarta-feira de cinzas esteve a ter o mesmo destino do galaró. A culpa não foi da gripe das aves mas de alguma desmotivação que se tem vindo a acentuar. Valeu também a boa vontade de um músico, Custódio Vinagre, que se prontificou a alegrar a festa de borla, e da direcção do Grupo Dramático Musical que cedeu a sala para o bailarico da praxe.Fosse como fosse a tradição cumpriu-se. Mais improvisada e aldrabada mas o Carnaval à portuguesa também é assim. Chama-se Entrudo e é trapalhão por natureza. As quadras de maldizer eram menos mas foram certeiras e relatavam com a ironia que se pretende os episódios mais pitorescos do ano. E na hora da despedida até houve uns versinhos para incentivar o povo a não deixar morrer a tradição. Despeço-me com amizade/Uma coisa me comprometo/Pró ano haverá enterro do galo/Nem que seja no coreto.E como é tradição em O MIRANTE aqui fica uma selecção de quadras do Enterro do Galo chamusquense. A situação pré-eleitoral com o presidente da câmara, Sérgio Carrinho a ir à Judiciária a Leiria falar em irregularidades teve destaque no testamento, assim como a situação financeira da autarquia. Mas os amores, desamores e infidelidades continuaram a mercar presença.

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