Arquivo | 14-01-2013 11:40

Avaliação externa elogia plano de combate à droga, mas recomenda mais formação de profissionais

Uma avaliação externa ao plano de combate à toxicodependência concluiu que este assentou no respeito pelos direitos humanos, não marginalizando os consumidores, mas apontou a necessidade de se fomentarem ações de formação para os profissionais não especializados.O relatório de avaliação externa do “Plano Nacional Contra a Droga e Toxicodependências [PNCDT] 2005-2012”, adjudicado por concurso à empresa Gesaworld, concluiu que o desenvolvimento das intervenções previstas neste plano permitiram obter, em 2012, uma série de resultados positivos.O documento considera que o PNCDT assenta no respeito pelos direitos humanos, não marginalizando nem estigmatizando os consumidores, antes apoiando-os e fomentando a sua participação na interrupção dos consumos, e na diminuição dos comportamentos de risco.Segundo a avaliação, este plano é “integral e integrado” entre os diferentes setores e níveis de intervenção, garantindo a sua continuidade, e coloca o indivíduo no centro das intervenções.O PNCDT privilegiou os ganhos em saúde, individual e pública, tendo permitido alcançar “resultados muito positivos”, na redução do contágio de doenças infecciosas.O relatório elogia ainda as intervenções de prevenção e combate à criminalidade, que permitiram aumentar a segurança da população.A aposta no planeamento e alocação de recursos, com base nas necessidades identificadas, nomeadamente em áreas de intervenção prioritária, assim como a diversificação dos modelos e áreas de intervenção, como o meio laboral ou grupos específicos, são igualmente referidos no documento.Na opinião dos avaliadores, o PNCDT criou uma cultura de registo, monitorização e avaliação de resultados, e promoveu a formação contínua e a investigação.Em termos de recomendações, é apontada a necessidade de fomentar ações de investigação, formação e sensibilização dos profissionais, com principal enfoque nos que não são especializados na abordagem e comportamentos aditivos.O planeamento adequado das intervenções, baseado numa atualização periódica dos diagnósticos de necessidades, tendo em conta “a ampliação do objeto para intervenção em comportamentos aditivos e dependências”, é igualmente recomendado, assim como a existência de uma oferta de serviços diversificados, adaptados à introdução de outros comportamentos aditivos e dependências, não considerados neste plano.O documento sublinha também a necessidade, para o próximo ciclo estratégico, de um “financiamento adequado”.

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