Arquivo | 16-01-2013 12:07

Escolas alertam para falta de qualidade de refeições servidas a alunos na região de Leiria

Um relatório de diretores de algumas escolas da região de Leiria, datado de outubro, alertando para a escassez e falta de qualidade de refeições servidas aos alunos, ficou sem resposta, o que motivou um requerimento ao ministro da Educação.O relatório integra reclamações que vão desde “a regular escassez de comida fornecida, a fraca qualidade dos produtos alimentares, as condições de higiene no manuseamento dos alimentos e o número insuficiente de recursos humanos”, disse à agência Lusa Cristina Freitas, diretora da Escola Secundária Francisco Rodrigues Lobo (ESFRL), em Leiria.Em causa está o serviço de refeições assegurado pelo consórcio liderado pela empresa Gertal nos concelhos de Leiria, Marinha Grande, Batalha e Porto de Mós, “uma situação que foi comunicada à Direção Regional de Educação do Centro (DREC), sendo que foi pedida urgência no tratamento do caso e a única resposta até agora foi o silêncio”, sublinhou Cristina Freitas.O assunto levou o deputado do PSD Paulo Batista a questionar o ministro da Educação e da Ciência na terça-feira, exigindo uma fiscalização aos alertas feitos pelos diretores dos agrupamentos de escolas e escolas não agrupadas.“É chocante e inadmissível, nos tempos difíceis que vivemos, quando existem crianças carenciadas que deveriam ter a sua melhor refeição na escola, que esta situação se mantenha perante o silêncio da Direção Regional de Educação do Centro”, lamentou hoje o parlamentar, em declarações à Lusa.O deputado eleito pelo Círculo Eleitoral de Leiria salientou que esta situação “tem motivado o afastamento dos alunos dos refeitórios” e tem sido “alvo de forte protesto das associações de pais e encarregados de educação, nomeadamente do Agrupamento de Escolas do concelho da Batalha, que reiteradamente tem intervindo junto da direção do Agrupamento, da empresa Gertal e da DREC, no sentido da melhoria urgente do serviço de refeições”.A diretora da ESFRL sustentou que “se a empresa não consegue cumprir o caderno de encargos que aceitou, tem de existir a denúncia do contrato”.Algumas das refeições na escola, que possui mais de um milhar de alunos, “são confecionadas de tal forma, sobretudo quando é peixe, que deixam os alunos com fome”, sendo que “chegam a existir discrepâncias escabrosas nas porções que são exigidas no caderno de encargos e aquilo que chega aos pratos dos alunos”, revelou Cristina Freitas.Já o deputado social-democrata destacou que “a situação tende a agravar-se, em função da atitude incompreensível por parte da empresa em declinar quaisquer responsabilidades quanto à qualidade do serviço de refeições, alegadamente em função do valor de adjudicação do ajuste direto”.Paulo Batista acrescentou que “acrescem a estes problemas relatos da falta de produtos de limpeza e desinfeção, bem como a falta de temperos em variedade e quantidade para a comida”.A empresa Gertal, contactada pela Lusa, escusou-se a fazer quaisquer comentários.

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