Arquivo | 18-01-2013 15:29

Seis estudantes receberam assistência médica após incidente com PSP em escola de Braga

Seis estudantes receberam assistência médica, dois deles no próprio hospital, em consequência da "carga" da PSP durante o protesto "espontâneo" da manhã de hoje na Escola Alberto Sampaio contra a agregação do estabelecimento num "mega-agrupamento".Em declarações à agência Lusa, o presidente da Associação de Estudantes da escola, Pedro Martins, disse que os dois estudantes, ambos menores de idade, já "tiveram alta", mas terão que ser acompanhados nos próximos dias.A diretora da escola, Manuela Gomes, explicou que a ação dos alunos surgiu depois de ter sido dado conhecimento aos responsáveis pelo estabelecimento, na quinta-feira, à noite, que a fusão com outra escola seguiria adiante, mesmo com o processo de autonomia da escola a "decorrer"."Não foi nada combinado. Surgiu de forma totalmente espontânea. Nós não queremos esta agregação e foi isso que quisemos manifestar. Estava a ser um protesto pacífico até a PSP começar a abrir caminho entre os alunos e um deles ter deitado mão ao gás pimenta e atirado sobre nós", disse o presidente da Associação de Estudantes.Pedro Martins explicou que as idades dos colegas atingidos pelo gás pimenta varia entre os 12 e os 15 anos e disse que "a PSP devia ter tido em conta que ali estavam alunos desde o 7º ao 12º, todos menores de idade".O INEM "prestou no local assistência a seis alunos mas dois foram encaminhados para o Hospital de Braga" tendo já tido alta mas, , contou Pedro Martins, "vão ter que receber antibióticos e acompanhamento durante os próximos dias".A diretora da Alberto Sampaio explicou à Lusa que a "revolta" dos alunos surgiu depois de ter sido publicitada, em Diário da Republica, a agregação da escola com uma outra, a de Nogueiró, e ter sido dado nota aos responsáveis do estabelecimento."Não percebemos a razão deste mega-agrupamento. Tínhamos a decorrer o processo para o Contrato de Autonomia da ‘Alberto Sampaio’ e um outro com o pedido de suspensão da agregação. Nenhum dos dois teve resposta e ontem [quinta-feira] fomos confrontados com esta decisão", explicou.Manuela Gomes afirmou que já deu "conhecimento" dos factos de hoje aos superiores hierárquicos e adiantou que irá iniciar " um processo rigoroso de averiguações sobre tudo aquilo que aconteceu".A professora não confirmou os moldes em que decorreu a ação da polícia uma vez que, justificou, "ainda não tinha chegado ao local quando tudo terá acontecido".Durante o dia de hoje não haverá aulas na ‘Alberto Sampaio’, mas Manuela Gomes assegurou que o "normal funcionamento da casa será reatado segunda-feira".Alguns alunos continuam reunidos à porta do estabelecimento, acompanhados dos encarregados de educação que, entretanto, se dirigiram ao local."Ouvimos que havia aqui ambulâncias e entrámos em pânico por não sabermos o que se passava com os nossos filhos. Não há o direito de usar força contra miúdos", afirmou à Lusa uma das mães presentes no local.

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