Arquivo | 19-01-2013 19:29

Proprietários de bares e moradores de Chaves acusam PSP de “passividade” face à prostituição

Os proprietários dos bares do centro histórico de Chaves e a associação de moradores acusaram hoje a PSP local de ter uma atitude passiva face à prostituição que, dia após dia, dizem, se "reproduz como cogumelos".Por este motivo e, segundo noticiou a Lusa na quinta-feira, moradores e comerciantes da zona histórica de Chaves lançaram uma petição pública, subscrita por duzentas pessoas, exigindo uma maior vigilância policial para travar a prostituição.A petição refere que, ano após ano, a zona histórica se vai degradando tornando-se num ponto de desinteresse social e histórico devido à prática de comportamentos de risco e ilegais.Em declarações à Lusa, o dono de um bar no centro histórico há 20 anos, Luís Teixeira, afirmou que a prostituição tem vindo a aumentar havendo, inclusive, gente a fazer negócio à custa dessa situação.A PSP, disse Luís Teixeira, sabe que há prostituição e consumo de droga, mas continua sem reconhecer o problema.Em vez de fazerem o patrulhamento em carrinhas, a polícia deveria, na opinião do empresário, andar a pé e falar com as pessoas."A atividade está a crescer como cogumelos porque é tolerada", considerou.A petição, explicou, surgiu por iniciativa dos bares, mas a pedido da clientela que se fartou de ser confrontada por "grupos complicados".Estabelecido há três anos na zona histórica, Joaquim César, proprietário de um café, disse que a PSP se recusa "olimpicamente" a ver que há prostituição quando o fenómeno é "indiscutivelmente" conhecido por toda a gente."Há pessoas que vivem do arrendamento de quartos às mulheres que se prostituem e a polícia fecha os olhos à situação", afirmou.O grande problema, considerou, é a perda de clientela, porque é desconfortável passar por prostitutas, ouvir palavrões e assistir a discussões."A maioria das habitações do centro histórico estão desabitadas porque os proprietários têm imensas dificuldades em arrendá-las devido ao mau ambiente", garantiu.A presidente da Associação do Centro Histórico de Chaves (AmoChaves), Paula Lavrador, salientou que a PSP tem de ser "mais ativa e atenta" na vigilância para terminar com as movimentações "estranhas" nas ruas."Os moradores têm direito ao seu descanso, sossego e respeito", realçou.A recuperação dos edifícios é, na sua opinião, uma forma de pôr fim à situação porque havendo mais gente, as atividades "suspeitas" não são tão "à descarada".O comandante da PSP de Chaves, Luís Alves, disse ter apenas conhecimento da situação através de queixas apresentadas por moradores, pelo que está "atento" e reforçou o patrulhamento na zona.Em anteriores declarações à Lusa, o vereador com o pelouro do urbanismo, Carlos Penas, referiu que a situação é da competência da PSP, mas adiantou que a autarquia está a regularizar o horário de funcionamento dos bares.Exceder o horário de encerramento é, segundo Luís Teixeira, uma situação incomparável à do apoio à prostituição.

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