Arquivo | 01-10-2013 10:21

Especialistas defendem português como segunda língua de turistas no Brasil

O português poderia ser a segunda língua para os turistas estrangeiros, pelo potencial do Brasil nesse mercado, asseguraram na segunda-feira vários especialistas em São Paulo.A ideia foi defendida na segunda-feira durante a quarta edição do Congresso de Turismo Idiomático, realizado pela primeira vez no país sul-americano.A diretora da Torre de Babel Idiomas, Susana Florissi, defendeu que, em matéria turística, o português é “uma segunda língua” e que os brasileiros têm a “responsabilidade de ensinar um idioma e o orgulho de falar” sobre a cultura e a história do país.“Precisamos de olhar para países como Inglaterra, Espanha, França e Argentina, que reconhecem o poder económico da sua língua”, afirmou Florissi durante o encontro, que decorre até quarta-feira na universidade Fundação Armando Álvares Penteado de São Paulo.Neste sentido, a professora afirmou que o crescimento do Brasil como lugar para estudar português é gradual e sustentou que cada vez mais é necessário especializar os professores que ensinam a língua nacional como um idioma de “orgulho e herança”.Entre os temas principais do congresso, constou o crescimento do mercado de intercâmbio cultural através do português e do espanhol, considerados potenciais segundas línguas para os estrangeiros, bem como a apresentação de instrumentos didáticos de ensino dos dois idiomas.O presidente da Brazilian Educational and Language Travel Association (BELTA), Carlos Robles, lembrou que o turismo idiomático no Brasil cresceu após o português ter sido considerado pelo Ministério do Turismo local como uma língua que promove o setor no país."Este congresso é um marco para o Brasil, pois podemos discutir a união do turismo de idiomas e o ensino de línguas com vista a expandir ainda mais o português como uma língua para lá da América Latina. Consideramos o português e o espanhol línguas mundiais", considerou.Outros programas também fortaleceram o intercâmbio entre visitantes brasileiros no exterior e visitantes estrangeiros no Brasil, como o Ciência Sem Fronteiras, do Governo Federal brasileiro, para promover o intercâmbio estudantil académico."Ações dos órgãos públicos e privados devem ajudar a valorizar os idiomas português e espanhol como recursos turísticos, económicos e culturais, com vista à afirmação de um espaço latino-americano", sustentou o presidente da Associação de Centros de Idiomas da Argentina, Marcelo Garcia, para quem o principal foco do congresso é o "desenvolvimento da indústria da língua e da cultura".A directora de relaciones internacional de Fundação Armando Álvares Penteado, Lourdes Zilberberg, disse por seu lado que "o mundo precisa de cidadãos globais" e o intercâmbio de idiomas permite o intercâmbio de culturas e a manutenção dos aspectos regionais de cada país."Estamos a viver nos nossos países uma carência de lideranças e precisamos de nações irmãs para a internacionalização, por isso o turismo de idiomas é um segmento de encontro de culturas e as escolas devem reforçar programas desse tipo", defendeu.O congresso, que se prolonga hoje, aborda temas sobre expansão das fronteiras idiomáticas, intercâmbio cultural, mobilidade estudantil e o fortalecimento económico através da língua.

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