Arquivo | 04-10-2013 10:21

Banco de Portugal quer saber quantos banqueiros ganham mais de 1 milhão de euros

O Banco de Portugal quer saber quantos funcionários dos oito principais bancos ganham mais de um milhão de euros por ano, segundo uma instrução enviada no final de Setembro, a que a Lusa teve acesso.Na carta, o Banco de Portugal pede à Caixa Geral de Depósitos (CGD), ao BPI, ao BES, ao BCP, ao Santander Totta, ao Crédito Agrícola, ao Montepio Geral e ao Banif que comuniquem “informação sobre os colaboradores que auferem remunerações elevadas”.Nesta categoria, e usando os critérios da Autoridade Bancária Europeia (EBA em inglês), incluem-se todos os auferem “uma remuneração total superior ou igual a um milhão de euros por ano”.Entre os principais banqueiros, de acordo com os relatórios e contas dos bancos do ano passado, o presidente do BCP, Nuno Amado, ganhou 366 mil euros em 2012 pelo BCP e 18,6 mil euros no âmbito de outras sociedades, enquanto o líder do BES, Ricardo Salgado, recebeu 552 mil euros. Já o presidente do BPI, Fernando Ulrich, recebeu 490,5 mil euros e o presidente executivo da CGD, José de Matos, ganhou 206,9 mil euros.Já o presidente do Santander Totta (banco que pertence ao espanhol Santander), Vieira Monteiro, que recebeu 482 mil euros de remuneração fixa em 2012 a que se somaram 158 mil euros de prémio de desempenho pecuniário, no total de 640 mil euros.Além da informação dos colaboradores com salários elevados, o Banco de Portugal emitiu outra instrução em que exige saber as remunerações de todos os trabalhadores bancários, agregadas por áreas de negócio (banca de investimento, banca de retalho, entre outras).Segundo a instituição liderada por Carlos Costa, esta informação vai ser utilizada pelas “autoridades competentes de cada Estado-membro para efectuar comparações no que se refere às tendências e às práticas de remuneração”.Nos últimos anos, o Banco de Portugal tem dado várias orientações aos bancos sobre a política de remunerações, exigindo sobretudo que esteja em linha com uma gestão prudente, de modo a que o vencimento dos administradores e gestores não incentive riscos excessivos.

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