Arquivo | 16-10-2013 10:06

CGTP espera milhares em Alcântara e buzinão na Ponte 25 de Abril

A CGTP espera milhares de pessoas para a concentração de sábado, em Alcântara, afirmando que os veículos que atravessarem a Ponte 25 de Abril farão um protesto sonoro em cima do tabuleiro.“Está prevista a chegada de um número significativo de autocarros e de pessoas que não deixarão de se manifestar, de forma vibrante e entusiástica”, disse na terça-feira à agência Lusa o secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, acrescentando que serão, simultaneamente, exibidas bandeiras.O protesto contra as políticas do Governo já estava agendado, mas, face à proibição de uma manifestação em marcha pela Ponte 25 Abril, será reforçado também pela decisão do Governo sobre esta matéria.“Na nossa opinião é ilegítima e indigna, a posição assumida por este Governo, quando tentou condicionar a passagem da manifestação pela Ponte 25 de Abril”, declarou Arménio Carlos.Para a CGTP, a decisão “não se justifica” e condiciona o direito de liberdade de manifestação: “É também uma atitude que não pode ficar sem uma repulsa significativa de todos quantos lutam pelas liberdades, direitos e garantias.”Arménio Carlos considera que estes valores estão a ser “particularmente afetados” com as medidas inscritas na proposta de Orçamento do Estado para 2014.“É um brutal ataque aos trabalhadores, aos pensionistas, aos reformados e ao povo português”, referiu.No Porto, decorrerá como prevista a manifestação na Ponte do Infante e em Lisboa, face à recusa de marcha na ponte sobre o Tejo, realizar-se-á uma concentração em Alcântara com início marcado para as 14:00.As intervenções do secretário do geral e da InterJovem devem ocorrer pelas 15:00.“Esperamos vários milhares de trabalhadores e pensamos até que esta postura do Governo é susceptível de levar a uma maior participação das pessoas”, indicou.Arménio Carlos considerou que há “uma grande indignação” com a situação no país, acentuada à medida que vai sendo conhecida proposta de Orçamento do Estado para 2014.“Os próprios dados acabam por ter um efeito mobilizador contra estas políticas que estão a ser seguidas”, defendeu.O secretário-geral afirmou que a manifestação é aberta a todos os cidadãos que nela queiram participar, dentro das regras definidas pela organização.“Temos objectivos nesta manifestação. Tem como lema ´Marcha por Abril, contra a Exploração e o Empobrecimento´. Como sempre, respeitamos a diferença, mas também os princípios da efectivação da democracia”, sustentou.“As nossas manifestações são manifestações de segurança e de grande responsabilidade porque estamos aqui para resolver problemas e não para criar problemas”, advertiu Arménio Carlos.A proposta de lei do Orçamento do Estado entregue na terça-feira no parlamento pela ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, prevê que seja “aplicada uma redução remuneratória progressiva entre 2,5% e 12%, com carácter transitório, às remunerações mensais superiores a 600 euros de todos os trabalhadores das Administrações Públicas e do Sector Empresarial do Estado, sem qualquer excepção, bem como dos titulares de cargos políticos e outros altos cargos públicos”.O subsídio de Natal dos funcionários públicos e dos aposentados, reformados e pensionistas vai ser pago em duodécimos no próximo ano, segundo a proposta, que mantém a aplicação da Contribuição Extraordinária de Solidariedade (CES) sobre as pensões.No documento, o Governo refere que o défice orçamental deste ano vai resvalar para os 5,9% do PIB, superando os 5,5% definidos para 2013 entre o Governo e a 'troika' e confirma as previsões macroeconómicas, apontando para um crescimento económico de 0,8% e uma taxa de desemprego de 17,7% em 2014.

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