O presidente da Associação Nacional de Centros de Inspecção (ANCIA) disse hoje acreditar que as entidades de inspecção são rigorosas, apesar de acusações contrárias feitas pela Deco, e sublinhou que a fiscalização compete ao Instituto dos Transportes.“O sistema de inspecções de veículos em Portugal está a funcionar e contribui decisivamente para a segurança rodoviária ao assegurar que os veículos se encontram em condições para circular na via pública”, afirmou Fernando Teixeira, em declarações à agência Lusa.A Deco acusou 30 centros de inspecção automóvel de pôr em risco a segurança rodoviária, já que não detectaram vários problemas em viaturas preparadas de propósito, que a associação levou à inspecção.A acusação é publicada na edição de Novembro da revista da Deco, a Proteste, na sequência de uma acção de verificação do rigor dos Centros de Inspecção Obrigatória que levou a Deco a visitar, de modo anónimo, 30 unidades de inspecção de veículos.Garantindo acreditar que os centros de inspecção “exercem a actividade de forma rigorosa e sempre com o objectivo de prestar um serviço de maior qualidade ao utente”, o presidente da ANCIA admitiu desconhecer os pormenores do estudo feito pela associação de Defesa dos Consumidores, mas criticou eventuais incumprimentos.“A ANCIA, enquanto associação do sector, sempre censurou e continuará a censurar todos e quaisquer actos que possam colocar em causa o cumprimento da legislação em vigor e da segurança rodoviária”, admitiu.No entanto, referiu Fernando Teixeira, “os centros de inspecção são entidades acreditadas pelo Instituto Português de Acreditação” e cuja fiscalização “compete ao IMT [Instituto da Mobilidade Terrestre]”.Competência que, segundo assegurou, tem sido exercida “através de acções de fiscalização que efectua com frequência aos centros de inspecção”.A Lusa tentou contactar o IMT mas, até ao momento, não obteve sucesso.