Arquivo | 30-10-2013 11:57

Jovem de Montalegre lança kit para cultivar cogumelos comestíveis em casa

Um jovem empreendedor de 35 anos, residente em Montalegre, criou um `kit´ para cultivar cogumelos comestíveis em casa que dá, pelo menos, três colheitas em espaços de 15 a 20 dias.O ‘kit´ criado por José Gonçalves, chamado de “Nyscarus”, é composto por uma caixa de papelão que tem, no seu interior, borra de café onde se desenvolvem os fungos e um borrifador para regar.“O Nyscarus é uma pequena horta de cogumelos que o cliente compra, abre, rega, colhe, cozinha e come, tudo sem sair de casa”, disse hoje o jovem à agência Lusa. E, explicou, “basta regar duas vezes por dia para, na primeira ou segunda semana, os cogumelos começarem a crescer”.Depois de colhidos, avançou, os cogumelos, sem aditivos nem conservantes, podem ser cozinhados frescos ou guardados no frigorífico por alguns dias.O `kit´ está disponível em três tamanhos (S - 600 gramas, M - um quilo e L - um quilo e meio) e tem um preço médio de sete euros.João Gonçalves revelou que a ideia surgiu depois de ter feito um curso de jovens empresários agrícolas e acções de formação sobre produtos regionais e cultivo de cogumelos em palha e borra de café.“Os meus pais são proprietários de um café e, sendo a borra de café a matéria orgânica ideal para o desenvolvimento da semente dos cogumelos, não pensei duas vezes e comecei a aproveita-la”, adiantou.Dado ser necessário uma grande quantidade de borra de café, José Gonçalves, além do estabelecimento dos pais, percorre mais cafés da vila de Montalegre, transformando o que era desperdício num alimento de alto valor nutritivo.O produto, lançado no passado mês de Agosto, está ainda em fase experimental sendo, para já, vendido a amigos, na rede social Facebook, no Ecomuseu do Barroso, em Montalegre, e em encontros micológicos.“As pessoas adoram o produto, acham divertido ver os cogumelos crescerem na sua cozinha e poder consumi-los o ano inteiro”, disse.Neste momento, afirmou o empreendedor, tem pedidos pendentes para revenda aos quais não consegue dar resposta porque trabalha sozinho no projecto e tem de o conciliar com a sua actividade profissional.A trabalhar no Ecomuseu do Barroso, José Gonçalves classificou esta actividade como um “extra” no orçamento mensal.O objectivo, frisou, é colocar o produto no mercado, sobretudo na região norte do país, produzir mais variedades de cogumelos, além do que desenvolve agora - “Pleurotus Ostreatus” -, vulgarmente conhecido por “repolgas”.O jovem tenciona ainda construir um armazém com uma câmara de incubação porque, actualmente, o espaço onde trabalha é a cozinha dos avós.José Gonçalves reivindicou mais apoio por parte das autoridades na área do empreendedorismo para ajudar os jovens a constituir empresas, elaborar projectos e poder viver em Montalegre.

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