Arquivo | 01-11-2013 09:01

Marcha em Caracas pede castigo para especuladores de preços

Centenas de venezuelanos marcharam hoje em Caracas contra líderes opositores e empresários, acusados de especulação de preços e açambarcamento de produtos, no âmbito de uma alegada sabotagem e guerra económica contra o país.A marcha foi convocada pela Central Bolivariana Socialista de Trabalhadores (Cbst) e partiu da Praça Venezuela (centro-leste) até à sede da Federação de Câmaras de Comércio (Fedecâmaras), a leste de Caracas."Hoje dizemos à Fedecâmaras e à Venamcham (Câmara Venezuelana Americana de Comércio e Indústria), sectores que criaram uma guerra económica contra o povo, que especularam e açambarcam produtos, que os trabalhadores se converteram em fiscais", disse, aos jornalistas, o vice-presidente da Cbst.Marco Túlio Díaz frisou que os trabalhadores defendem "a política alimentar socialista" do Governo venezuelano e querem ver garantidos os ingredientes para preparar as "hallacas" (prato gastronómico natalício) e os brinquedos no Natal."Não permitiremos que os empresários, articulados com o império norte-americano e a ultradireita venezuelana, brinquem com a alimentação do povo. Estamos na rua para defender a revolução e a pátria", disse.Por outro lado, anunciou que a população realizará, em Novembro e Dezembro, inspecções às redes de supermercados e de distribuição de alimentos no país, para garantir que estão a vender os produtos a preço justo."Fazemos um apelo, pacificamente, aos empresários honestos, sérios e comprometidos com o desenvolvimento do país, para que tomem consciência e assumam o seu compromisso, porque a pátria não é deles, é do povo", disse Marco Túlio Díaz, sublinhando os trabalhadores que se manterão “firmes e vigiantes" para não permitir que tentem dar um golpe de Estado.Na Venezuela é cada vez mais frequente as queixas de cidadãos de dificuldades para adquirir produtos como a farinha de milho, o açúcar, a massa, o óleo vegetal, a margarina, o leite e o papel higiénico, entre outros.Quando alguns destes produtos são distribuídos, os supermercados não conseguem colocá-los nas prateleiras devido à grande afluência de pessoas, que chegam a discutir e a tentar arrebatar o que outros cidadãos conseguiram agarrar para comprar.

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