O Sindicato Nacional da Polícia (SINAPOL) pediu hoje ao Governo “a imediata e urgente” alteração da lei que regula o uso das armas de fogo pelos polícias, tendo em conta que a actual legislação está “desadequada”.O pedido de alteração da lei surge após as recentes decisões judiciais, nomeadamente a condenação a nove anos de prisão de um militar da GNR pela morte de um jovem durante uma perseguição policial em Loures.O SINAPOL considera que os tribunais estão “insensivelmente a condenar profissionais das forças de segurança e policiais pelo uso de armas de fogo e de medidas coercivas”.Nesse sentido, pediu ao Governo “a imediata e urgente” alteração da actual lei que regula o uso de armas de fogo, uma vez que está “desadequada e desajustada da realidade policial”.O SINAPOL refere também que a actual lei foi legislada sem ter em conta o que pensam os polícias, pelo que “é imprópria e contraproducente à actividade policial”, além de não contemplar medida protectoras para os elementos das forças e serviços de segurança.O Sindicato Nacional da Polícia vai também propor à PSP e GNR a realização de formação conjunta, entre polícias e magistrados do Ministério Público (MP) e juízes, que simulem situações com armas de fogo.Segundo o SINAPOL, a formação tem como objectivo dar a conhecer aos juízes e magistrados a forma dos polícias actuarem no terreno, “em stress e decidir em fracção de segundos”, já que "muitas das decisões judiciais resultam do completo desconhecimento do que é a verdadeira realidade policial".