Arquivo | 28-11-2013 17:45

Enfermeiros contra paragem à hora de almoço em centros de saúde de Lisboa e Vale do Tejo

O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses afirmou hoje que há centros de saúde na região de Lisboa e Vale do Tejo que estão a obrigar estes profissionais a parar uma hora para almoço, em prejuízo das populações servidas."Há agrupamentos a intimar e pressionar para que os enfermeiros interrompam a sua jornada de trabalho uma hora, no período de almoço, sem qualquer justificação, quando é necessário manter os serviços abertos à hora de almoço para benefício da população", afirmou à agência Lusa o dirigente Rui Marroni, responsável dos cuidados de saúde primários a nível nacional no sindicato.A situação verifica-se sobretudo nos agrupamentos do Arco Ribeirinho e Almada/Seixal, no distrito de Setúbal, em Lisboa Central e Lisboa Ocidental/Oeiras, afectando com a medida duas centenas de enfermeiros.Contactada pela Lusa, a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) esclareceu que as interrupções "sempre existiram, porque nenhum trabalhador pode desempenhar de forma consecutiva a carga horária".As interrupções entre jornadas de trabalho para almoço dos trabalhadores sempre existiram, como é óbvio, uma vez que nenhum trabalhador pode desempenhar de forma consecutiva a carga horária diária a que está obrigado a cumprir, informa a ARS.Apesar de pararem uma hora, "não há serviços encerrados à hora de almoço", adiantou, justificando que "os horários dos profissionais são desfasados de modo a permitir a cobertura total do período de funcionamento das unidades de saúde".Segundo o dirigente sindical, os directores dos agrupamentos estão a aplicar a lei que estabelece as 40 horas semanais para a função pública, sem terem em conta as especificidades da jornada contínua de trabalho prevista para os enfermeiros, em que paravam meia hora para almoçar."A paragem obriga os colegas a sair uma hora mais tarde e não faz sentido porque, se estão a fazer um tratamento mais prolongado, não vão deixar o doente sem assistência para ir almoçar", explicou.Rui Marroni lembrou que muitos utentes aproveitam a interrupção para almoço para se dirigirem aos centros de saúde para fazerem tratamentos, levarem uma vacina, terem uma consulta de enfermagem, por exemplo da diabetes, ou recorrerem ao atendimento complementar, quando o centro de saúde é a unidade mais próxima.Os enfermeiros ponderam vir a organizar acções de luta, em defesa dos seus direitos e dos utentes, a manter-se a decisão.

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