Cultura | 02-04-2016 13:36

Um poeta com quatro mil poemas e alguns outros com livros editados

Câmara de Vila Franca de Xira organizou IX encontro de poesia do concelho.

aria de Lurdes Duarte começou a declamar um dos seus poemas. "Poeta de palavra intensa / Às vezes fico a pensar / Onde é que está a diferença / Que tem da gente vulgar". Na sala da biblioteca da Póvoa de Santa Iria as muitas pessoas presentes estavam concentradas como haveriam de estar concentradas ao longo da ???? de dia 19 de Março, data escolhida para lembrar que o Dia Mundial da Poesia se celebrava dois dias depois.No IX Encontro de Poesia do Concelho de Vila Franca de Xira, ouviram-se poemas e histórias de vida de poetas populares. Os poetas e poetisas convidados foram Alexandre Carvalho, Maria Carvalho, Maria de Lurdes Duarte (ver caixa) e Paulo Gomes. Tiveram que ser seleccionados entre dezenas e dezenas de outros, alguns dos quais já participaram em edições anteriores e em iniciativas similares. A coordenação pertenceu à responsável pela Divisão de Bibliotecas da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, Conceição Matos e a iniciativa despertou o interesse de muita gente. O evento contou com a participação do Grupo Dramático Povoense e com um apontamento musical do Grupo Coral Ares Novos, de Alverca.Alexandre Carvalho, 64 anos, nasceu em Lisboa mas vive há muitos anos em Vila Franca onde fez parte do seu percurso profissional. Começou a escrever nos anos setenta e tem dois livros publicados: "Cavalete de Poesia e Aguarela de Poesia. Também tem poemas espalhados por doze antologias de poesia popular. Gostava que houvesse maior facilidade de publicar. "Neste mundo ou se paga ou não se edita", uma forma de dizer que a economia não rima com poesia.Tal como Sophia de Mello Breyner, Maria Carvalho, 45 anos, natural de Vila Franca de Xira, também não gosta da palavra poetisa para feminino da palavra poeta e não se auto-intitula poeta porque, como escreveu Florbela Espanca, "Ser poeta é ser mais alto, é ser maior/ Ser poeta é ser mais alto, é ser maior/ Do que os homens! (...)". Contou que a primeira vez que leu um poema seu em público foi há dez anos, nas comemorações do 25 de Abril. O poema chamava-se "Liberdade". Entretanto, em Dezembro de 2015 publicou o seu primeiro livro" "Um pouco do nada que me faz feliz". Paulo Gomes participou num concurso de contos mas nem sabe em que lugar ficou porque para ele só existe o primeiro lugar. Em 2014 escreveu um livro com 360 poemas mas como pensou que vender um livro com 360 poemas por 18 euros para um poeta que não era conhecido era um pouco difícil, dividiu-o em seis. Já participou em vinte e duas colectâneas e diz ter cerca de quatro mil poemas.

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