Cultura | 23-04-2018 13:52

Hoje é Dia Mundial do Livro

Hoje é Dia Mundial do Livro

O Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor celebra-se todos os anos a 23 de Abril. A data, escolhida pela UNESCO, coincide com o dia da morte de Miguel de Cervantes e o nascimento de Vladimir Nabokov. O dia 23 de Abril é também recordado como o dia em que nasceu e morreu o famoso escritor inglês William Shakespeare.

O Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor celebra-se todos os anos a 23 de Abril. A data, escolhida pela UNESCO, coincide com o dia da morte de Miguel de Cervantes e o nascimento de Vladimir Nabokov. O dia 23 de Abril é também recordado como o dia em que nasceu e morreu o famoso escritor inglês William Shakespeare.

A data serve acima de tudo para chamar a atenção para a importância do livro como bem cultural, essencial para o desenvolvimento da literacia e para o desenvolvimento económico.

O MIRANTE associa-se à data e dá a conhecer um autor brasileiro de renome internacional publicada em Portugal pela Rosmaninho, uma chancela de O MIRANTE

Partilha de sombra, de Walmir Ayala, chegou às livrarias portuguesas

Romancista, contista, poeta, dramaturgo, memorialista, crítico de arte e autor literatura infanto-juvenil, Walmir Ayala foi um dos mais premiados e respeitados autores brasileiros de sua geração. Partilha de sombra é o segundo romance que a Rosmaninho Editora de Arte publica do autor, o primeiro, À beira do corpo, chegou às livrarias em 2014. Com Partilha de sombra o autor conquistou em 1980 o Prêmio Erico Verissimo.

Nas palavras de Walmir Ayala, os personagens de Partilha de sombra “são criaturas isoladas, quase sem diálogo, preparando-se para morrer. Apesar disso, iluminadas de uma secreta energia, que é memória e apego às mínimas coisas e aos grandes mistérios. E tudo acontece num momento de tão completa pobreza que qualquer coisa é uma entrada no paraíso”.

Como afirmou Vergílio Alberto Vieira no posfácio desta primeira edição portuguesa: “Expoente, à época, de um vanguardismo criticamente confirmado pelo processo que abriu portas ao reconhecimento da literatura brasileira, quer internamente, quer nos contextos latino-americano, e internacional, Walmir Ayala soube, como poucos, em Partilha de Sombra, levar às últimas consequências temas tão complexos como o do problema metafísico do destino, das vicissitudes (e contradições) do comportamento humano e/ou da dimensão teleológica do tempo, não sem incorporar na sua obra, tal como o fizeram tantos dos seus contemporâneos, a solidez ética de um Machado de Assis, o rigor estético de um J. J. Veiga, recursos geracionais lidos exemplarmente por cada autor, e à sua maneira, em Guimarães Rosa e Clarice Lispector que, além de inspiradores da necessária abertura, e sábia mestria discursiva, colocaram à disposição de quem se lhes seguiu: Roberto Drummond ou Luiz Vilela, para citar dois nomes de entre os que apenas me foi dado conhecer, em Portugal.”

A prosa densa e poética de Walmir Ayala esplende nas páginas de Partilha de sombra, romance no qual predominam personagens bem desenhados num clima de magia e mistério. Apesar do pano de fundo psicológico, é narrativa que conquista o leitor e o torna refém de uma teia romanesca das mais fascinantes do romance brasileiro moderno. Sobre seu método de trabalho, Walmir Ayala assim se manifestou: “O que realmente me preocupa é escrever uma verdade possível, uma beleza possível, digamos, um resultado moral possível para o comportamento humano. Eu não sei o que vou escrever daqui a cinco anos, mas tenho a impressão de que será uma variação sobre o mesmo tema.”

Escritor de mais de uma centena de livros, com romances hoje sucessivamente reeditados, Walmir Ayala é outro nome forte da literatura de língua portuguesa que a Rosmaninho Editora de Arte entrega aos nossos leitores amantes de boa literatura.

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