Cultura | 13-10-2018 12:56

Nuno Figueiredo venceu o Prémio Nacional de Poesia Mário Viegas com "Epifanias"

Nuno Figueiredo venceu o Prémio Nacional de Poesia Mário Viegas com "Epifanias"

O prémio, instituído em 2003, tem o objectivo de “eternizar” o “ilustre escalabitano” Mário Viegas.

O poeta e ficcionista Nuno Figueiredo venceu a quarta edição do Prémio Nacional de Poesia Actor Mário Viegas, atribuído pelo Centro Cultural Regional de Santarém (CCRS), com a obra "Epifanias".

O anúncio do vencedor foi feito sexta-feira em conferência de imprensa pela direcção do CCRS, com o representante do júri Vicente Batalha a sublinhar que teve oportunidade de “ler boa poesia” ao analisar as 243 obras concorrentes ao prémio, destacando-se "Epifanias" pelo “estilo de escrita inovador”.

O prémio será entregue numa gala que o CCRS vai realizar no próximo dia 10 de Novembro, data em que Mário Viegas faria 70 anos, decorrendo nesse mês várias iniciativas de homenagem ao actor escalabitano, anunciou Ana Martinho, da direcção do Centro Cultural Regional de Santarém.

Além da exposição “Sonho ao Poder”, que estará patente no Fórum Actor Mário Viegas de 03 a 17 de Novembro, este espaço vai acolher uma iniciativa realizada em colaboração com o Cineclube de Santarém, com a exibição de três filmes, para “mostrar o grande intérprete nos domínios da poesia, do teatro e do cinema”, disse.

Ana Martinho realçou o trabalho do júri, presidido por Tiago Torres da Silva, da Sociedade Portuguesa de Autores, tendo Vicente Batalha destacado o facto de cada um dos cinco elementos ter lido todas as 243 obras.

“Todos leram tudo e, no fim, foi com certa satisfação que verificámos que havia meia dúzia de obras citadas por todos, sinal de que houve comunhão na compreensão e análise dos textos”, declarou, justificando a decisão de não atribuir menções honrosas, para que as obras não fiquem impedidas de concorrer a outros prémios.

A grande maioria das obras concorrentes teve origem em Portugal e no Brasil, mas também houve remessas a partir de França, Reino Unido e São Tomé e Príncipe.

O prémio, instituído em 2003, com o objectivo de “eternizar” o “ilustre escalabitano” Mário Viegas, deveria ter uma periodicidade bienal, mas apenas teve três edições (2003/2004, 2007/2008 e 2012/2013).

Ana Martinho afirmou que a atribuição do prémio tem sido condicionada pelas possibilidades financeiras do CCRS, tendo sido possível relançar o concurso há um ano graças ao patrocínio de um banco e ao apoio do Fundo de Fomento Cultural do Ministério da Cultura.

Instituído para obras inéditas no domínio da poesia, o prémio tem um valor pecuniário de 1.000 euros e publicação da primeira edição (300 exemplares, 50 dos quais para o autor).

Além de Tiago Torres da Silva e de Vicente Batalha, o júri integrou ainda Manuel Freire, Domingos Lobo e Maria da Purificação.

Nascido a 10 de Novembro de 1948, em Santarém, cidade onde passou a infância, Mário Viegas foi actor, encenador, “recitador e amante da poesia”, de que foram exemplo os programas televisivos “Palavras Ditas” e “Palavras Vivas” e as inúmeras gravações, tendo ainda fundado três companhias de teatro e participado em mais de 15 filmes.

O professor e escritor José Hugo Santos, de Torres Novas, venceu a primeira edição do prémio com a obra “Nossa Senhora do Homem”, tendo a segunda edição distinguido “O Livro da Casa”, do advogado e escritor Fernando Cabrita, residente em Olhão.

“O Musgo dos Dias”, do historiador, escritor e jornalista Nuno Gomes dos Santos, foi o vencedor da terceira edição.

Ana Martinho realçou o percurso do vencedor desta edição, um engenheiro civil com vasta obra de poesia e ficção e numerosos prémios.

Nuno Figueiredo, natural de Coimbra, publicou o seu primeiro livro de poesia em 1985 e estreou-se na ficção em 1997, tendo publicadas dezenas de obras.

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