Economia | 13-12-2004 10:35

Portugal entre os 20 países que menos crescem em 2005

Portugal deverá ficar em 2005 entre os 20 países do mundo com menor crescimento, com um aumento de 2,1 por cento do PIB, segundo as previsões da Unidade de Investigação Económica (EIU) do grupo Economist.Contudo, Portugal crescerá acima de parceiros da União Europeia como a Itália (1,5 por cento), França (1,7 por cento), Alemanha e Malta (1,8 por cento) e Holanda (1,9 por cento).

Numa lista da EIA que é liderada pela negativa pelo Zimbabwe (queda de 3,1 por cento do produto), Costa do Marfim (redução de 1,2 por cento do PIB) e Gabão (crescimento económico de 0,9 por cento), Portugal surge em décimo nono lugar a contar do fim, logo atrás do Reino Unido, com um crescimento económico de 2,2 por cento.A EIU, na previsão que abrange 190 países de todo o mundo, prevê que a economia portuguesa cresça 0,9 por cento no corrente ano.O crescimento de 2,1 por cento no próximo ano será apoiado por um consumo privado e investimento fortes e um aumento do consumo público, na sequência do "aparente abandono da austera política orçamental do governo anterior" (liderado por Durão Barroso), de acordo com a EIU.Do lado da procura externa, a EIU prevê que as exportações portuguesas beneficiem da manutenção de um aumento forte do comércio internacional e cresçam acima de 5 por cento em 2005, continuando as exportações líquidas a dar uma contribuição negativa para o crescimento do PIB, devido ao aumento das importações.Aquele instituto de investigação do grupo da revista Economist assinala que, após um agravamento verificado este ano, o défice da balança corrente portuguesa poderá diminuir em 2005.Na sua análise sobre a economia internacional, a EIU prevê que o crescimento económico mundial desacelere para 3 por cento em 2005, após um aumento de 4 por cento do produto em 2004, e alerta para a possibilidade de este abrandamento moderado degenerar numa queda económica mais brusca."Os riscos para a economia mundial são excepcionalmente altos" indica a unidade de investigação económica do grupo da revista Economist.Aponta como principais factores de risco o preço internacional do petróleo bruto, a eventualidade de um aumento de taxas de juro, os desequilíbrios nas maiores economias do mundo e os efeitos que isso possa ter nas taxas de juro e o perigo de um abrandamento brusco da economia chinesa.Afirma que mesmo que aqueles riscos sejam evitados, a zona euro poderá ter um crescimento mais anémico do que o previsto.A EIU espera que em 2005 a zona euro cresça 1,9 por cento e a União Europeia 2,4 por cento.Na área política, a EIU destaca as elevadas incertezas quanto evolução da situação no Médio Oriente, nomeadamente na crise Israel/ Palestina e no Iraque, quanto à proliferação de armas nucleares, particularmente no Irão e Coreia do Norte, quanto às relações China/ Taiwan e quanto à eventualidade de novos ataques terroristas.Um conjunto de referendos na Europa sobre o tratado da União Europeia (UE) representam um risco de mergulhar a União Europeia numa crise, se algum país rejeitar o tratado, adverte.As previsões da EIU para 2005 colocam a Guiné Equatorial como o país que mais vai crescer (19,4 por cento), seguindo-se a Libéria (15,0 por cento) e o Azerbeijão e Chade (14,0 por cento).Nas 20 economias que mais deverão crescer em 2005 estão dois países africanos de língua portuguesa: Angola (sétimo, com um crescimento previsto de 11,6 por cento) e Moçambique (décimo oitavo, um acréscimo de 7,1 por cento do produto).O Economist admite que o PIB chinês aumente 8,1 por cento, o que coloca a China em décimo lugar entre os países do mundo que mais crescem.

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