Economia | 30-03-2006 10:18

Reestruturação avança na EMEF

O plano estratégico que o Governo quer implementar até 2008 na Empresa de Material e Equipamento Ferroviário (EMEF) prevê que no Entroncamento fique centralizada a unidade de carga regional da empresa.A unidade da cidade dos comboios, hoje denominada grupo oficinal, será também transformada em centro de inovação ferroviária, à semelhança do que irá acontecer às unidades da Amadora, Guifões e Barreiro. No Entroncamento, o centro de inovação concentrará a sua actividade nos chamados “bogies” e nos rodados. “O Entroncamento tem sido visto como um ponto de chegada e confluência de várias linhas. Queremos, no futuro, que seja visto como ponto de confluência e partida de novas estratégias”, disse na sexta-feira, durante a apresentação da reestruturação da EMEF, a secretária de Estado dos Transportes, Ana Paula Vitorino.A aposta da unidade do Entroncamento é muito clara – angariar cada vez mais clientes externos para construção e reabilitação de material circulante. Potenciar as encomendas de empresas internacionais, públicos e/ou privadas, apostar em novos mercados. O primeiro passo para essa estratégia já foi dado com a encomenda de fornecimento de mais de três centenas de vagões para os caminhos-de-ferro bósnios (ver caixa).No ano em que se comemoram 150 anos sobre a implementação da linha-férrea em Portugal o Governo apresentou no Entroncamento o plano de reestruturação da EMEF, no âmbito do projecto denominado Líder 2010.O plano de acção passa numa primeira fase por separar os grupos oficinais do processo de manutenção. Isto é, a actividade da EMEF (manutenção de equipamento circulante) ficará desagregada da restante actividade industrial da CP.Além disso, como referiu na sexta-feira o presidente da CP, Vítor Ramalho, vai haver uma maior e melhor parceria entre a empresa mãe e a EMEF, com uma produção integrada e uma concertação ao nível dos fornecedores. Tudo em prol do controlo de custos, e da maior eficiência da manutenção, que trará mais valor acrescentado ao grupo. “Para a CP, a EMEF não representa 10 por cento dos seus custos nem 30 por cento do seu número de pessoal. É parceira fundamental e para isso tem 100 por cento de apoio da empresa mãe”, salientou Vítor Ramalho.O aumento dos custos operacionais da CP, por via da EMEF, deve-se, segundo o presidente da empresa mãe, à redução gradual de pessoal e abatimento do material afecto à circulação (75 unidades nos últimos dois anos).Para equilibrar as contas e acabar com “a dívida histórica” da CP, a empresa mãe conta com o êxito do plano de reestruturação que concebeu para a EMEF. Que passa pela centralização das unidades de negócio, angariação de novos clientes e construção de centro de inovação ferroviária.

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