Economia | 17-12-2010 10:17

Vinhos do Tejo deram-se a conhecer em Angola, Brasil e Rússia mas falta apostar mais forte na divulgação

Os mercados da Suíça e da Bélgica, na Europa ocidental, a par da Rússia, Brasil e Angola merecem a atenção preferencial da Comissão Vitivinícola Regional (CVR) do Tejo e devem ser uma aposta firme para as exportações de vinho dos produtores da região. A conclusão foi tirada durante a conferência de imprensa realizada dia 14, que serviu de apresentação dos resultados das acções de promoção de vinhos do Tejo realizadas pela CVR Tejo durante o ano de 2010 nesses cinco países, com apoio de verbas do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN). Ao todo foram aplicados 250 mil euros, dos quais 55 por cento financiados a fundo perdido, enquanto os restantes 45 por cento são uma responsabilidade partilhada entre a CVR Tejo e os 14 produtores aderentes. Mas se os países eleitos para promover os vinhos do Tejo estão identificados e alguns produtores já procuraram e contrataram distribuidores para os seus rótulos, também se reconhece é necessário mais investimento na divulgação de eventos nesses países, em feiras e locais marcantes, com a presença de políticos, autarcas e empresário, a par dos grandes meios de comunicação e da imprensa especializada no sector dos vinhos. Para o presidente da CVR Tejo, José Gaspar, em 2012, a palavra terá de estar do lado dos produtores. “Vamos dar fôlego aos produtores em 2011 no que respeita à aposta internacional e esperar que 2012 traga mais crescimento económico. O reforço das campanhas de promoção dos vinhos no estrangeiro depende da participação dos produtores e esperamos que mais alguns e juntem a esta iniciativa”, comentou o presidente da CVR Tejo. Durante a apresentação dos resultados das campanhas de promoção dos vinhos nos cinco países, Edna Barbosa, do departamento de promoção e marketing da CVR Tejo, deu alguns conselhos sobre esses mercados e clientes tipo. Explicou a responsável que Angola é mercado apetecível para exportação de vinhos do Tejo, com uma elite que compra os melhores vinhos, independentemente do preço, e outra que vai mantendo hábitos de consumo de vinho. “Portugal tem uma quota de mercado de 86 por cento em Angola, país em que o consumo de vinho ocupa 30 por cento do consumo de bebidas alcoólicas”, explicou. Situação paralela vivem os mercados do Brasil e da Rússia, com 140 e 190 milhões de habitantes, respectivamente. “Na Rússia o vinho ainda só representa sete por cento do consumo de bebidas alcoólicas, atrás da vodka e da cerveja. Mas existe uma classe social com estatuto que consome vinho, independentemente do preço. No Brasil o consumo de vinho duplicou entre 2003 e 2009 fruto de uma classe média emergente. Portugal é o quinto exportador mundial para o Brasil e o país que tem recebido bem vinhos portugueses de valor entre os três e os quatro euros por garrafa”, exemplificou Edna Barbosa. Suíça e Bélgica, países com consumidores de grande poder aquisitivo e apreciadores e conhecedores de vinhos (com consumos per capita anuais acima dos 30 litros) são os outros dois mercados de eleição para os vinhos do Tejo. Em 2011 a CVR Tejo foca atenções no mercado nacional, apostando na presença em grande eventos promovidos pela Viniportugal e nos centros comerciais ligados ao Modelo-Continente, com que mantém uma parceria.

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