Economia | 22-01-2013 13:18

Etiquetagem carbónica de produtos agro-industriais é vantagem competitiva

Sendo as alterações climáticas um dos temas com grande influência no sector agro-industrial, o AgroCluster Ribatejo e a AGRO.GES, com o apoio da Nersant, realizaram em Torres Novas, no dia 17 de Janeiro, um sessão de informação e debate sobre a "Pegada de Carbono", instrumento de avaliação, gestão e comunicação do impacte climático de produtos. Esta é considerada uma ferramenta poderosa uma vez que denota a preocupação e compromisso das empresas em reduzir o seu impacte ambiental. Na sessão de abertura estiveram presentes o presidente do AgroCluster Ribatejo, Carlos Lopes de Sousa, e o director adjunto de Agricultura e Pescas da Região de Lisboa e Vale do Tejo, Paulo Coroado, que se mostraram sensibilizados para esta temática. Carlos Lopes de Sousa afirmou que o Agrocluster "tem nos seus eixos estratégicos a exploração de toda a temática do Carbono naquilo que é a contribuição para uma atitude ambientalmente sustentável na agricultura e agro indústria bem como o foco na temática das mais valias para as suas empresas que daí podem também resultar". O enquadramento do tema esteve ao cargo da AGRO.GES, pela voz de Ana Paiva Brandão e Maria João Gaspar."O repto que se coloca à agro-indústria é equilibrar os desafios da actualidade, que assentam no aumento da população mundial e nas crescentes exigências de consumo, com a necessidade de sustentabilidade no sector", referiu Maria João Gaspar, referindo que a Pegada de Carbono é uma ferramenta muito importante neste domínio, uma vez que, "mais que possibilitar o cálculo e a análise do desempenho de sustentabilidade, comunica o compromisso da empresa em descer os valores em causa". Apresentada como uma nova tendência mundial, transversal a todos os sectores de actividade, a Pegada de Carbono é uma ferramenta de análise do desempenho de sustentabilidade, fornecendo informações sobre os indicadores ambientais mais relevantes, como as emissões dos gases de efeito de estufa, o consumo de energia e fertilizantes, a produção e gestão de resíduos e o consumo de água. "Os resultados identificam medidas custo-eficazes para melhorar o desempenho ambiental, através da redução de emissões, e o desempenho económico, através da redução dos custos dos factores de produção da empresa", concluiu Maria João Gaspar.A aplicação da Pegada de Carbono a produtos agro-industriais tem como objectivo incrementar a credibilidade dos mesmos, através do cálculo da Pegada de Carbono segundo um referencial internacional e com certificação externa; aumentar a eficiência, através da identificação de medidas de redução de emissões e custos operacionais; e aumentar a competitividade dos produtos, através da utilização de uma etiqueta diferenciadora do produto e reconhecida em mercados de exportação. Foi ainda explicada a metodologia para a obtenção desta etiqueta de carbono. Numa primeira fase, as empresas devem calcular a sua Pegada de Carbono, identificando, mediante os resultados, as medidas de redução de emissões. A verificação externa dos resultados e atribuição da etiqueta é feita através do processo de certificação Carbon Trust (www.carbontrust.com).De acordo com Maria João Gaspar, "a Pegada de Carbono tem grandes vantagens para os produtos nacionais, como a fidelização do cliente, através da antecipação de exigências de grandes clientes e a diferenciação do produto e captação de novos mercados, sobretudo externos, onde as credenciais de sustentabilidade são um requisito". Para mais informações e esclarecimentos, o AgroCluster Ribatejo encontra-se à disposição das suas empresas associadas, através do e-mail geral@agrocluster.com.

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