Economia | 14-10-2013 00:08

Descida ligeira do desemprego na região em Agosto não convence sindicatos

O desemprego baixou ligeiramente em Agosto face ao mês anterior na maior parte dos concelhos da região, segundo os dados fornecidos pelo IEFP (Instituto de Emprego e formação Profissional), mas a União de Sindicatos de Santarém (USS) não exulta com esses dados, considerando que não são fiáveis nem reflectem a realidade social que se vive no distrito de Santarém.“O número de 29.838 desempregados no distrito de Santarém no mês de Agosto é certamente muito inferior à realidade. Agosto, num distrito como o nosso, é o mês onde o desemprego mais baixa temporariamente pela sazonalidade do sector agrícola. Para além disto existe ainda o crescente número de desempregados que emigram e muitos outros que deixam de estar registados por não receberem qualquer prestação de desemprego ou por estarem em planos ocupacionais”, afirmou o coordenador da União de Sindicatos de Santarém durante uma conferência de imprensa.Santarém continua a ser o concelho com mais desempregados no distrito com 3135 (em Julho tinha 3223 registados no Centro de Emprego), seguindo-se Abrantes com 2661 (2583 em Julho), Ourém com 1976 (1884 em Julho), Tomar com 1948 (1993 no mês anterior) e Benavente com 1918 (2026 em Julho). Acima do milhar de desempregados registados estão ainda os concelhos de Almeirim (1256), Cartaxo (1289) Coruche (1095), Rio Maior (1025) Salvaterra de Magos (1451) e Torres Novas (1737).“Os dados do desemprego de Setembro e Outubro, esses sim, possivelmente serão mais reais e vão inclusive já contabilizar os milhares de professores que ficaram desempregados no início deste ano escolar”, diz o dirigente da União de Sindicatos de Santarém considerando “inadmissível a continuação do rumo político que o país está a levar”.Rui Aldeano aproveitou a conferência de imprensa para exortar os ribatejanos a participarem na “Marcha por Abril” que a CGTP – Intersindical convocou para a tarde de sábado, 19 de Outubro, e que vai atravessar a ponte 25 de Abril entre Almada e Lisboa. “É uma marcha para todos, para os novos que não têm emprego, para os velhos a quem o governo pretende cortar nas reformas, para os desempregados que devem exigir o direito ao emprego”, disse, mostrando-se convicto que esta “vai ser a maior manifestação em Portugal realizada após o 25 de Abril”.A União dos Sindicatos de Santarém vai disponibilizar entre 20 a 30 autocarros para transportar os interessados a partir de várias cidades e vilas da região. Quem quiser participar só tem de se inscrever junto dos sindicatos afectos à CGTP ou na União de Sindicatos de Santarém. Nessa manhã vão sair autocarros de Tomar, Abrantes, Torres Novas, Santarém, Golegã, Couço, Coruche, Almeirim, Alpiarça, Benavente e Ourém.

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