Economia | 03-03-2016 14:03

Moçambique foi tema de Café Temático promovido pela Nersant

Portugal é um dos mais importantes parceiros económicos de Moçambique e este país é, por sua vez, uma das economias africanas que maior crescimento económico tem verificado. Foi por este motivo que a Nersant - Associação Empresarial da Região de Santarém dinamizou, na Startup Santarém, a realização de um Café Temático onde pôde dar a conhecer a um conjunto de empresários da região, as oportunidades deste país.Para o efeito, a associação convidou a consultora CESO que, na voz de António Santos, fez um retrato da economia moçambicana e das oportunidades de negócio aqui existentes. Moçambique, foi dito na sessão de networking, é um país com cerca de 23 milhões de habitantes e que vive de grandes projectos, essencialmente na área das infraestruturas, onde é deficitário.É um país, continuou António Santos, muito alavancado no crescimento do sector privado, tendo no ano passado registado crescimento do PIB na ordem dos 6%. Em relação aos sectores chave da economia moçambicana, foram referidos os transportes, as comunicações, os serviços às empresas, a construção, as indústrias extractivas e os serviços financeiros, como alguns dos negócios com maior sucesso no país.Após a pequena introdução do mercado de Moçambique, foi hora de ouvir os testemunhos de dois empresários com vasta experiência neste país. Fernanda Mendes, da empresa de mobiliário de Ourém SEIVA, contou a sua experiência aos participantes. “Fui pela primeira vez a Moçambique em 2013 e voltei ao país em Abril de 2015 com a Nersant, para participar no Encontro de Negócios de Moçambique que a associação organizou. Estivemos em Quelimane e na Beira e posso afirmar que esta missão abriu portas ao negócio e existiram efectivamente algumas oportunidades”, disse a empresária, que voltou a Moçambique em Agosto desse mesmo ano. “Neste momento já vendi alguns contentores para a Beira e em Quelimane surgiu entretanto uma oportunidade, pelo que terei de lá voltar em breve”, contou Fernanda Mendes, que deixou ainda uma ressalva: “Sinto que há muitas oportunidades, mas são mercados que têm de ser acompanhados e trabalhados para que haja frutos no futuro”, advertiu a empresária, que contou com a concordância de António Campos, presidente da Comissão Executiva da Nerssant, e que já liderou diversas acções de internacionalização da associação a este país. “Moçambique é um país muito interessante do ponto de vista dos negócios, e por isso este país continua a ser uma das nossas apostas. Mas a decisão de ir tem de ser bem pensada e bem trabalhada”, disse o responsável da Nersant.João Patinha, da Cidade PVC, empresa especializada na fabricação de caixilharia em PVC e Alumínio, já esteve várias vezes em Moçambique, uma delas através de uma missão empresarial a Moçambique, onde participou no Encontro de Negócios deste país organizado pela associação empresarial. O empresário contou que existem efectivamente oportunidades de negócio para as empresas portuguesas neste mercado, mas que é preciso ser persistente e não desistir do mesmo. “Em Moçambique e em África no geral, o ritmo de trabalho é mais lento, pelo que as adjudicações acabam por demorar. Ficamos com a sensação de que perdemos o negócio, mas não é verdade. É importante ter uma área comercial na empresa que acompanhe estes processos e que estabeleça contacto pelo menos uma vez por mês”, alertou o empresário.Em ambiente descontraído e já durante o café, a Nersant aproveitou para lançar a missão empresarial a Moçambique que se vai realizar de 21 a 29 de Maio. Os interessados em saber mais sobre a missão empresarial a Moçambique ou qualquer outra acção de apoio à internacionalização da Nersant, devem contactar o Departamento de Apoio Técnico, Inovação e Competitividade da associação, através dos contactos datic@nersant.pt ou 249 839 500.

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