Economia | 16-11-2016 14:02

Empresas vão investir mais durante os próximos três anos

Inquérito da AIP à actividade empresarial que se realiza desde 1995 teve mais de 600 respostas.

As empresas portuguesas prevêem fazer investimentos, sobretudo para aumentar a sua capacidade de exportação, durante os próximos três anos e registam neste exercício um aumento do seu volume de negócios em relação ao ano anterior.

Estas são algumas das conclusões do relatório do IAE - Inquérito à Actividade Empresarial 2016, realizado anualmente pela Associação Industrial Portuguesa (AIP) desde 1995, e que nesta edição teve o contributo de mais de 600 empresas.

Cerca 54 por cento (%) das empresas que responderam ao inquérito tenciona realizar investimentos em 2016. Neste mesmo conjunto, 47% mencionou ter realizado investimentos em 2015.

Por outro lado, 58% das empresas exportadoras prevê investir para aumento da capacidade de exportação nos próximos três anos.

Cerca de 72,7% das empresas que responderam ao IAE 2016, consideravam para este ano um aumento do seu volume de negócios em relação ao ano anterior.

No que se refere ao investimento em “equipamento produtivo”, 51% das empresas consideram investimento em “modernização”, investimentos de “expansão” e de “substituição”, e são referidos, respectivamente, por 37% e 30% das empresas.

Nas outras áreas de investimento, destaque para o peso relativo das empresas que em 2016 quer fazer investimentos em “tecnologias de informação” (39%), em “investigação e desenvolvimento” e “formação profissional” (ambas com 31%) e em “internacionalização” e “marketing” (ambas com 30%). Um decréscimo em relação ao valor homólogo de 2015, de 64%.

Relativamente ao custo de crédito, cerca de 56% das empresas que responderam ao IAE 2016 consideram que nos últimos seis meses o crédito foi “mais caro” e 10% referem não ter havido alterações significativas. Cerca de metade das empresas (51%) consideram que em 2016 as suas necessidades de crédito são em montante idêntico ao de 2015, com 20% das empresas a mencionarem a necessidade de mais crédito e 29% a referir uma menor necessidade de crédito bancário.

O prazo médio de pagamento “30 a 60 dias” referido por 33% das empresas predomina no caso dos “clientes privados nacionais”, seguido pelo prazo de “60 a 90 dias” (34%).

No caso dos ”clientes estrangeiros”, os prazos “30 a 60 dias” (32%) e “60 a 90 dias” (24%) são também os mais referidos pelas empresas.

Relativamente aos prazos de pagamento pelo “Estado” os prazos “30 a 60 dias” (34%) e“60 a 90 dias” (24%) são também os mais referidos pelas empresas.

Nas autarquias a situação é idêntica à do Estado, com 32% das empresas a referirem o prazo médio de pagamento “30 a 60 dias” e 24%, o prazo “60 a 90 dias”.

Cerca de 80% das empresas consideram que os prazos médios de pagamento se mantiveram nos últimos seis meses e 68% mencionam a mesma situação relativamente aos prazos médios de recebimento.

O relatório apresenta e analisa os resultados apurados com as respostas de 603 empresas sobre alguns aspectos relativos à actividade empresarial. A recolha de respostas decorreu entre19 de Maio e 20 de Junho de 2016.

Os resultados do inquérito reflectem os aspectos mais importantes relativos à evolução da actividade das empresas portuguesas em 2016 e suas perspectivas para 2017, nomeadamente no que diz respeito ao volume de negócios e evolução da procura, actividade exportadora, situação financeira, prazos e atrasos de pagamento, situação perante o Fisco e a Segurança Social, investimentos, financiamento, crédito bancário, conjuntura actual, emprego e I&D – Investigação & Desenvolvimento.

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