Economia | 15-04-2017 19:48

Figueira da Índia é a nova aposta agrícola de Azambuja

Figueira da Índia é a nova aposta agrícola de Azambuja

Município quer atrair mais agricultores que se dediquem à plantação de um fruto exótico que se esconde num cacto.

Gonçalo e Rodrigo Albuquerque são dois irmãos a quem a mãe, Rosarinho, ofereceu um terreno de vários hectares em Azambuja. No lugar das antigas adegas de família – abandonadas há décadas, uma vez que a família viveu vários anos em África – acabaram por nascer dois projectos. E se um mudou a vida de Rodrigo, da mulher e dos filhos, que se mudaram de Lisboa para uma terra pequena (ver caixa), o outro apaixonou Gonçalo e contagiou toda a família.

“Nunca tinha ouvido falar em figos da Índia. Eu tinha muita terra aqui, sabia que não era de grande qualidade, e foi numa pesquisa na Internet que descobri que a figueira da Índia era uma solução óptima de cultivo”, contou o gestor de profissão e agricultor nos tempos livres.

E porque é que plantar figos da Índia era a melhor solução? “Não requerem um solo especial, aliás dão-se bem em terras semi-áridas; não exigem grandes cuidados [a Figueira da Índia cresce selvagem em muitos locais] e tudo, desde a palma até à flor, passando pelas grainhas e até pelos picos, é aproveitado”, explicou Gonçalo. Mas o melhor de tudo é que existia um financiamento da União Europeia para investir na plantação do fruto, considerado exótico, rico em fibras, vitamina A e ferro e que cresce no interior da Opuntia ficus-indica, nome científico da planta, da família dos cactos.

Gonçalo Albuquerque e a mulher, Luísa, que tem uma quinta em Alcochete – o filho foi contagiado pela paixão do padrasto e já plantou figos da Índia no terreno da mãe – concorreram ao programa com cinco hectares. “Continuamos à espera de aprovação. O pedido foi feito há dois anos”, desabafa o gestor. Não esmoreceram. Enquanto aguardam pela aprovação do projecto, Gonçalo decidiu arriscar por sua conta e risco, “para aprender”. Plantou um hectare de Figueira da Índia em frente ao portão da Quinta do Alfaro, que pertence ao irmão Rodrigo.

* Reportagem completa na edição semanal de O MIRANTE.

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