Economia | 10-10-2018 18:09

AIP defende reforço das relações económicas com os mercados ibero-americanos

AIP defende reforço das relações económicas com os mercados ibero-americanos

José Eduardo Carvalho diz que há hoje uma dinâmica económica assinalável em Portugal.

O presidente da Associação Industrial Portuguesa (AIP), José Eduardo Carvalho, defende o aumento das exportações portuguesas para os países ibero-americanos. Falando na sessão de abertura da conferência “Perspectivas da América Latina nas dinâmicas económicas com a Europa e a CPLP”, José Eduardo Carvalho disse que as exportações para aqueles mercados são de apenas 3% do total de exportações e que o potencial de crescimento nas relações tem de ser aproveitado”.


O evento decorreu no âmbito da assembleia-geral da Associação Ibero-americana de Câmaras de Comércio (AICO), que a AIP organizou dias 1 e 2 de Outubro em Lisboa e que juntou cerca de 200 empresários de mais de 20 países sul-americanos, da Florida e da península ibérica.


“Neste momento, há uma dinâmica económica assinalável em Portugal. Crescimento de 2,7% em 2017, o desemprego diminuiu para 6,7%, a balança comercial de bens e serviços é positiva, os indicadores macroeconómicos são satisfatórios, as contas públicas estão controladas, há uma evolução muito positiva na internacionalização das empresas e no reforço da sua capacidade exportadora, existe um ambiente favorável aos investimentos e à actividade empresarial, como podem testemunhar”, disse José Eduardo Carvalho, caracterizando a situação económica do país perante os empresários ibero-americanos presentes.


O presidente da AIP referiu que, com excepção de Espanha e Andorra, exportamos para os países membros da AICO, 1,6 mil milhões de euros e importamos 2,2 mil milhões de euros. “O Brasil, o México e o Chile concentram 81% das nossas exportações para esses mercados. Brasil, Colômbia e México concentram 76% das nossas importações”.


Tendo em conta aqueles valores, José Eduardo Carvalho considera que, neste momento, é do interesse do país diminuir o peso relativo das exportações para os mercados intra-comunitários, que representam 73%.
“Na conjuntura actual, apoiar as empresas, especialmente as PME, defender a liberdade do comércio e a concorrência é uma missão corajosa, mas ao mesmo tempo imperativa. Percebe-se que as correcções dos défices comerciais, acentuadamente negativos, possam provocar a tendência de adoptar medidas e políticas proteccionistas, mas a política económica proteccionista, que alguns defendem, terá sérias repercussões no futuro e é altamente lesiva dos pequenos países e mercados que têm economias abertas. Por todas estas razões, a AICO não terá, neste momento, uma tarefa fácil e daí o seu incontornável papel, acção e importância”, afirmou o dirigente associativo.


José Eduardo Carvalho indicou que a AIP há muito que passou a utilizar um só critério na análise das políticas públicas e das políticas económicas: “se beneficiam ou desfavorecem a conta de exploração das empresas. Se a melhoram ou agravam. E é só com este critério que a AIP se posiciona na análise das políticas económicas em Portugal”, finalizou.

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