Economia | 13-01-2019 15:00

Sede da falida Ribatel em Santarém anda há três anos para ser vendida

Em Dezembro as instalações voltaram a ser colocadas à venda, com um valor base de 200 mil euros, mas não apareceram interessados.

A antiga sede da Ribatel, em Santarém, que ficou insolvente em 2015 e está em liquidação, é o único património daquela que foi uma das mais conhecidas empresas de comunicações da região, e está há cerca de três anos para ser vendida. Já apareceram interessados na compra do edifício, que tem vindo a degradar-se, mas a Caixa Geral de Depósitos e os trabalhadores, que são os credores privilegiados, não têm aceitado as propostas por considerarem que ficam aquém do que pretendem.

Em Dezembro as instalações voltaram a ser colocadas à venda, tendo sido publicado anúncio com um valor base de 200 mil euros. Mas mais uma vez não se conseguiu vender o património situado na Estrada Nacional 3, nos arredores de Santarém. A empresa pertencia a Armando Rosa, agora reformado, e que criou o movimento Mais Santarém, que concorreu às autárquicas em Santarém em 2013 e que nas últimas eleições se juntou ao PS, cujo candidato era o derrotado Rui Barreiro, que foi presidente da câmara pelo PS apenas um mandato entre 2002 e 2005.

A situação arrasta-se há três anos e a venda do imóvel mal vai dar para pagar aos dois principais credores, a Caixa, com 180 mil euros, e os trabalhadores, com cerca de 140 mil euros. Quando a empresa entrou em insolvência já só restava o edifício e não foi possível arrestar as viaturas e outros bens. Sobraram apenas alguns equipamentos que renderam cerca de 500 euros, que nem sequer chegaram para pagar a limpeza ao edifício, mandada fazer pelo administrador de insolvência, Liszt de Melo, atendendo ao estado degradante em que o espaço se encontrava. A limpeza custou cerca de 700 euros.

A Ribatel existia há 27 anos quando entrou em colapso. Teve grande expressão nos sistemas de comunicação para empresas e chegou a desenvolver sistemas tecnológicos próprios. A empresa acabou com um passivo de cerca de 825 mil euros. O edifício tem 18 divisões e alguns problemas que têm tornado a sua venda pouco atractiva, como o facto de a entrada se fazer pelas traseiras e de não estar ligado à rede de esgotos, tendo uma fossa séptica.

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