Entrevista | 26-03-2012 13:25

“Tenho condições para ser o candidato natural do PSD à Câmara de Tomar”

“Tenho condições para ser o candidato natural do PSD à Câmara de Tomar”
Carlos Carrão perdeu recentemente as eleições para a concelhia do PSD de Tomar mas, apesar desse revés mantém a intenção de ser, em 2013, o candidato do seu partido à presidência do município nabantino. Nesta entrevista, o autarca assume que o PSD pressionou o anterior presidente, Corvêlo de Sousa, a deixar o cargo, revela que tentou negociar um acordo com os vereadores independentes e critica a postura da oposição socialista.Em 2008 classificava-se como o candidato natural do PSD à Câmara de Tomar, mas nas autárquicas de 2009 o partido preferiu o independente Corvêlo de Sousa. Ainda se considera o candidato natural à Câmara de Tomar?Sim. O candidato natural no sentido em que há um longo caminho percorrido quer do ponto de vista partidário quer da gestão autárquica. Sentia e sinto que tenho condições para ser o candidato natural do PSD à Câmara de Tomar. Se na altura já me sentia preparado, hoje mantenho essa posição apesar da conjuntura ser extremamente desfavorável. E se o partido voltar a não optar por si para cabeça de lista?Se em 2009, tendo o apoio da concelhia do PSD, não fui candidato, hoje essa situação pode voltar a colocar-se. Sendo que a posição partidária deve ter em consideração o que as pessoas pensam relativamente ao desempenho das funções autárquicas. É sempre possível que o partido tenha outra opção, mas farei tudo para estar em condições de ser eu o candidato. Será um ano e meio para mostrar o que vale?Será um período muito difícil em que tenho de trabalhar para justificar aquilo que foi sempre o meu desejo, que é ser presidente da Câmara de Tomar. Tenho de mostrar ao partido e ao concelho que tenho condições para gerir os destinos do município. Se daqui a ano e meio reconhecer que as coisas não me correram bem, e considerar que é o momento de saída, não terei problemas em fazê-lo.Depois de ter perdido as eleições internas para a concelhia do PSD essa decisão não está nas suas mãos. Isso pode ser um óbice aos seus anseios?Não. O vencedor das eleições e os elementos que o acompanham têm dito que não há uma decisão tomada e nenhum deles ainda afirmou que teriam outras opções. Aliás, eles vão um bocado na linha do que atrás disse, de que se o trabalho for positivo até final do mandato também não vêem razões para não ser eu o candidato. Em 2009 tinha o apoio da concelhia e não fui eu o candidato. Sendo importante, o apoio da concelhia do partido não é determinante. Há um conjunto de condicionantes que determina a opção final do partido, que deve procurar ter a solução ganhadora. O facto de ter concorrido contra a lista de continuidade da concelhia não poderá ter efeitos nessa decisão?Procurei uma lista de consenso, com o pressuposto, que entendi ser normal, de ser o número um dessa lista. E foi aí que não houve acordo, aparecendo duas listas. É a democracia partidária a funcionar. Muitas das pessoas que estão na nova comissão política trabalharam comigo. O próprio presidente João Tenreiro foi presidente da JSD concelhia quando eu era o presidente do partido em Tomar e tivemos uma relação óptima.Avançou porquê?Havia algumas posições nas quais não me revia. E tendo em conta a dificuldade que é gerir a câmara com a oposição que tenho, não gostaria de ter também dificuldades de relacionamento com algumas pessoas do meu partido. Entendi que a sintonia perfeita seria eu estar também como presidente da concelhia. Mas não é um contratempo grave. Há uma vontade de parte a parte de fazer um trabalho conjunto e articulado.No cenário de o PSD não o escolher admite avançar com uma lista independente?Hoje não há condições para responder a uma pergunta dessas. Esse cenário a colocar-se seria mais próximo das eleições, mas estou convicto que o trabalho vai ser positivo até final do mandato e que o PSD vai optar pela minha candidatura. Estamos todos, à partida, a trabalhar com os mesmos objectivos, que é manter o PSD como o maior partido a nível autárquico em Tomar. Entrevista integral na próxima edição de O MIRANTE que sai quinta-feira, 29 de Março.

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