Entrevista | 02-01-2013 10:46

Diogo Pinto é uma das grandes esperanças do futebol do Sporting

Diogo Pinto é uma das grandes esperanças do futebol do Sporting

O nome de Diogo Pinto já ganhou expressão no futebol jovem nacional. É ainda iniciado de primeiro ano, mas já subiu alguns patamares importantes na vida futebolística. Começou com quatro anos no União de Tomar, passou pelo Sport Lisboa e Benfica e saltou para o Sporting Clube de Portugal, onde sonha vir a ser profissional de futebol e futuro número 10 do clube do seu “coração”.

Tem um sonho. Quer ser jogador de futebol. Não um jogador qualquer, quer ser um futebolista à imagem dos melhores do mundo, admira sobretudo os jogadores jovens da equipa principal do Sporting, mas a sua grande ambição é chegar à equipa principal do seu clube e da Selecção Nacional. Tem 13 anos, chama-se Diogo Pinto, é natural de Tomar e joga no Sporting Clube de Portugal.O sonho de ser futebolista começou cedo. Aos quatro anos começou a frequentar as escolinhas do União de Tomar, aos seis anos participou num torneio em Alcanena, deu nas vistas, um olheiro do Benfica já não saiu dali sem convencer o pai a deixá-lo ir treinar a Lisboa. “Fui, treinei e já não me deixaram vir embora sem assinar juntamente com o meu pai”, diz com simplicidade.Esteve no Benfica uma época, mas o seu clube do coração “era o Sporting”. Não foi por isso que saiu do clube da Luz. “Treinava duas vezes por semana no União de Tomar e ia uma vez a Lisboa treinar com a equipa benfiquista e jogava ao fim-de-semana, na altura a organização naquele escalão de escolas não era muito boa, o meu pai começou a não gostar da forma como as coisas eram tratadas. Um dia saímos de Tomar para ir treinar e quando chegámos a Lisboa o treino tinha sido cancelado, não nos avisaram, e a água saltou fora do copo. No final da época vim embora, e apareceu o Sporting, assinámos e ali estou até hoje”, disse Diogo Pinto com a alegria estampada no rosto.Diogo Pinto é, assim, jogador do Sporting há seis anos. “Pode dizer-se que minha formação como jogador e como jovem tem sido feita no clube do meu coração”. No futebol de sete, escolas e infantis, o jovem tomarense foi sempre um dos melhores, deu sempre nas vistas e em vários torneios em que participou em Portugal e no estrangeiro foi várias vezes distinguido como o melhor jogador do torneio.Diogo Pinto considera-se e é considerado pelos seus técnicos como um excelente organizador de jogo. “Marco alguns golos, mas a minha melhor arma são as assistências. Jogo habitualmente no lugar do número 10, mas também como médio centro, os treinadores gostam da minha visão de jogo, passo bem a bola a curta ou a longa distância, sei contemporizar o jogo quando é necessário. É assim que gosto de jogar e é onde sinto que continuo a evoluir”, garante o jovem jogador do Sporting.Esse facto nunca lhe subiu à cabeça e é incansável na sua vontade de ser jogador de futebol, por isso, o camisola 10 dos iniciados de primeiro ano do Sporting tem já alguns momentos inesquecíveis vividos sobretudo nos jogos dos torneios nacionais e internacionais, para onde as escolas leoninas são muito requisitadas. Diogo Pinto, para além dos muitos torneios que disputa em Portugal, já passou pela Polónia e Espanha e também participou num torneio internacional nos Açores. De todos, guarda as melhores recordações. “Nos últimos quatro torneios em que participei e se incluem os espanhóis e os polacos, fui distinguido com o prémio de melhor jogador do torneio”, diz com orgulho. Mas foi num torneio em Portugal, o Torneio da Pontinha que veio o jogo mais marcante para o jovem número 10. “Ganhámos 1-0 ao Barcelona, não marquei o golo mas fiz a assistência para o meu colega marcar. A vitória foi um momento inesquecível. Vou poder dizer um dia que ganhei ao Barcelona”, recorda com satisfação.A nível nacional os jogos com o Benfica e com o Belenenses puxam pelas rivalidades. “É nesses jogos que sentimos mais emoção. damos ainda mais de nós e sentimos mais o carinho e o apoio dos nossos adeptos. São sempre jogos muito emotivos”. “Estou no clube do meu coração, as exigências de treino são muito grandes e as responsabilidades são enormes quer ao nível do futebol quer dos estudos, mas eu quero ser futebolista profissional e se possível no meu Sporting, por isso estou disposto a fazer todos os sacrifícios e a dar o meu melhor no trabalho de campo e no trabalho psicológico. Sei que conto com o apoio dos meus pais, que têm sido determinantes para que eu possa continuar a sonhar”, diz com fé o jovem Diogo Pinto.Diogo Pinto é desde Agosto de 2012 residente na Academia do SportingAo fim de seis anos e com a passagem à categoria de iniciados, a primeira com futebol de onze, era imperativo treinar mais assiduamente e teve que ser feita uma opção difícil para a família. Diogo Pinto passou a residir na Academia do Sporting em Alcochete. “Não era possível para mim e para os meus pais vir quase todos os dias para Alcochete para treinar e jogar. Os treinadores e dirigentes do Sporting também não abdicavam da minha continuação e eu também não queria abandonar o meu sonho. Assim se chegou a acordo e passei a ser jogador residente na Academia. Diogo Pinto adaptou-se bem à vivência da academia já lá tinha amigos. Mas a falta dos mimos dos pais e as brincadeiras com o irmão - que também já é jogador nas escolas do Sporting - é o mais difícil de ultrapassar. “Mas a vontade de ser jogador profissional e o carinho que recebo das pessoas da academia ajudam a ultrapassar as dificuldades. Depois faço o que gosto e ao fim-de-semana os meus pais estão sempre comigo e sinto grande conforto com o seu apoio”.A vida na academia não é fácil. Enquanto vai fazendo a sua formação de futebolista Diogo Pinto não descura os estudos. É um bom aluno, está no oitavo ano e quer continuar até onde puder. “Os meus pais apoiam-me na minha vontade de ser jogador de futebol, mas continuam a aconselhar-me de que os estudos não podem ficar para trás, e por isso continuo a esforçar-me para não os deixar ficar mal”.O dia-a-dia na academia é exigente e os responsáveis pelos jovens que ali residem também não deixam que os estudos fiquem para trás. “Estão sempre atentos, têm protocolos com a escola em Alcochete para saberem como é que nos estamos a comportar, não hesitam em chamar-nos quando as coisas não estão a correr dentro das regras. Felizmente para mim tudo tem corrido dentro da normalidade, sou um aluno sem negativas, e tenho uma média de quatros”.O dia começa cedo. “Levantamo-nos às sete horas, temos que nos despachar para tomar o pequeno-almoço e ás oito horas irmos para a escola de onde saímos às 16 horas, chegamos à academia lanchamos e vamos estudar. Temos professoras que nos ajudam quando temos alguma dificuldade. Por volta das 18 horas vamos para o treino, depois jantamos e às 22 horas vamos para o quarto para dormir. É uma rotina que só é quebrada ao fim-de-semana ou nas férias”, diz com ar decidido Diogo Pinto.

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