"População vai pronunciar-se pela primeira vez sobre obras na cidade de Torres Novas"
Presidente do município, Pedro Ferreira, garante que também vai continuar o investimento nas freguesias.
A Câmara de Torres Novas apresentou publicamente seis estudos prévios relativos a projectos no âmbito do Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano (PEDU). O montante das obras a fazer no centro histórico da cidade até 2020 é superior a sete milhões de euros, com os Fundos Comunitários a suportarem 85 por cento. As intervenções incidem nas zonas do Almonda Parque, Terreiro de Santa Maria e Largo do Salvador, Prédio Alvarenga, antiga Central Eléctrica do Caldeirão, zona do Nogueiral e acessos ao Castelo. Pela primeira vez os habitantes puderam dar sugestões e vão poder continuar a fazê-lo até 23 de Fevereiro.
Os estudos prévios das obras anunciadas em Janeiro, que vão ter comparticipação comunitária, foram colocados em discussão pública. Era obrigatório fazê-lo?
Não era obrigatório mas decidimos fazê-lo. É importante dizer que esta é a primeira vez que a Câmara de Torres Novas dá essa possibilidade à população. Normalmente as pessoas são confrontadas com obras decididas em reunião de câmara ou em planos e orçamentos municipais.
O que os cidadãos tiveram ocasião de avaliar não foram projectos definitivos.
Não. Isso não fazia sentido. O que apresentámos foram estudos prévios. Ideias iniciais dos arquitectos e empresas de arquitectos que ganharam os concursos para fazer os projectos.
Há quem critique o facto de a câmara não recorrer aos seus técnicos para fazer estes trabalhos.
Temos arquitectos mas isto são projectos de uma dimensão tal que eles ficavam sem possibilidade de fazer o seu trabalho normal. Os serviços da câmara ficavam paralisados.
Estes projectos, relativos às obras que serão postas a concurso, vão ser pagos na totalidade pela câmara?
Não. Os projectos, tal como as obras, são financiados. Os fundos comunitários suportam 85% e a câmara 15%.
Quem vai avaliar as sugestões enviadas pelos cidadãos?
Um Conselho Local de Desenvolvimento Urbano que decidimos criar, composto por várias entidades e personalidades de referência, como o arquitecto Vassalo Rosa, por exemplo, que conhece bem a cidade. Há também organizações como a ACIS, ou a Associação do Património, etc...
Chegaram muitas sugestões?
Chegaram contributos praticamente todos os dias. Fiquei muito satisfeito. É sinal que as pessoas se interessam pela cidade.
* Entrevista completa na edição semanal de O MIRANTE.