Entrevista | 16-07-2017 13:24

“Nada se compara a ser autarca e trabalhar pela nossa terra”

“Nada se compara a ser autarca e trabalhar pela nossa terra”

Tomarense de gema, Tiago Carrão, 29 anos, só saiu da sua terra quando frequentou o ensino superior mas regressou logo que pôde.

É candidato à União de Freguesias de São João Baptista e Santa Maria dos Olivais, algo que não planeou e que surgiu naturalmente, e não exclui a hipótese de um dia concorrer a presidente da Câmara de Tomar. Trabalha na área da electrónica e é licenciado em engenharia eletrónica e de telecomunicações. É do Benfica e quer fazer mais e melhor por Tomar.

Fui uma criança e um jovem muito feliz. Tirando os cinco anos da universidade, toda a minha vida foi passada em Tomar. Tenho um gosto muito grande pela cidade, porque ela tem tudo para se gostar, para quem lá vive ou estuda e para quem a visita. Mas são principalmente as pessoas que lá moram que têm de reconhecer o que ela tem de bom.

Quando era criança andávamos sempre na rua a brincar até tarde. Lembro-me de jogar ao berlinde com os vizinhos da rua onde sempre morei, a Diogo Arruda. Também jogávamos muito à bola e tínhamos de a ir buscar às varandas dos vizinhos. Hoje isso já não acontece tanto porque há menos crianças e as dinâmicas e os passatempos são outros.

Gosto de todos os estilos de música. Não sou muito festivaleiro mas não perco o Bons Sons em Cem Soldos. É o festival número 1 de música portuguesa e vou desde a primeira edição. Aqui há uns anos havia um bocadinho de preconceito contra a nossa música, mas agora está na moda.

Desde os 14 ou 15 anos que estou envolvido na política. Se calhar um bocadinho por influência familiar, mas também por gosto próprio. Comecei por participar com amigos em projectos do que podíamos fazer de melhor pelos outros. Também sempre gostei de me envolver em actividades extracurriculares na escola, principalmente no desporto.

Na escola gostava de participar nas brincadeiras com os colegas. Fizemos a vida negra aos professores e a turma ia ganhando má fama, mas acho que hoje nós, os alunos e os professores, olhamos para trás com um certo carinho.

Algumas pessoas sabem desde pequeninas o que querem ser, mas eu não. Cheguei a pensar em tirar arquitectura, até jornalismo, mas percebi que a electrónica era aquilo que me permitia fazer mais dentro dos meus interesses. Os computadores acompanharam o meu crescimento.

Costumo dizer que fazemos todos política no dia-a-dia. Em casa e com as nossas famílias e amigos. É transversal a todas as juventudes partidárias cá do distrito, temos muitas e boas iniciativas e não me posso queixar da falta de participação. Temos é de arranjar novas formas de cativar mais pessoas e hoje em dia as redes sociais são uma ferramenta importante para divulgar a nossa mensagem.

Nada se compara a ser autarca e trabalhar pela nossa terra. Conseguimos ver logo as mudanças e estamos a colaborar com as pessoas da nossa terra, os nossos amigos.

Nunca senti qualquer pressão ou exposição mediática enquanto familiar de uma figura política. O Carlos Carrão presidente da câmara sempre foi diferente do Carlos Carrão pai e marido e isso não me afectou minimamente a mim nem ao meu irmão enquanto pessoas. Mas quando começo eu a assumir alguma responsabilidade é diferente, é por minha opção.

Não tenho muito tempo livre. Mas quando consigo arranjar algum gosto de estar com a família e os amigos. O mais importante não é o que se faz ou quando se faz, mas com quem se faz. Até estar em casa com a minha família me faz feliz. Não teria chegado onde estou hoje se não tivesse o apoio deles. É sem dúvida o mais importante: ter ao nosso lado quem compreenda e apoie as nossas ideias.

Gosto muito de ir ao cinema. Acho que toda a gente gosta de passar duas horinhas sem olhar para o telemóvel e email e desligar-se de tudo. Os filmes que vejo dependem do estado de espírito e também gosto muito de séries. “House of Cards” é uma das imperdíveis.

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