Entrevista | 17-04-2019 18:00

“Os bons alunos também vão para o ensino profissional”

“Os bons alunos também vão para o ensino profissional”
TRÊS DIMENSÕES

João União é director da Escola Profissional de Rio Maior.

João União tem 37 anos, é natural de Alcobertas, concelho de Rio Maior, e é director da Escola Profissional de Rio Maior. Considera-se um bom garfo e adora magusto com bacalhau. É um apaixonado por aviões e, quando pode, faz questão de ir ao Dia Aberto na Base Aérea de Monte Real. É casado, tem dois filhos e gosta do campo. Ainda chegou a defender as cores do clube da sua terra natal em campo, mas acabou por largar o futebol quando ingressou no ensino superior. Hoje não falha uma partida de ténis com os amigos.

Gosto de conhecer novas culturas. Já estive em vários países da Europa, muito também graças à minha paixão por viagens. É uma forma de ir à descoberta de novas realidades que, no fundo, nos ajuda a ter uma visão mais aberta e não tão limitada em relação à sociedade.

Quando era pequeno queria ser piloto de aviões. Não de qualquer avião mas de aviões de combate. O sonho manteve-se até ir à inspecção, que ainda era obrigatória. Cheio de entusiasmo sugeri logo ir para a Força Aérea mas não tive sorte. Portugal estava a reduzir os seus efectivos e eu fiquei naquilo que se chama, Reserva Territorial.

O desporto fez parte da minha vida. Sempre gostei de praticar desporto e, por isso, inscrevi-me, aos 13 anos de idade, no Alcobertas Futebol Clube. Ainda representei o clube da minha terra durante dois anos, mas depois fui jogar para o União Desportivo de Rio Maior. Deixei o futebol aos 19 anos, quando ingressei no Ensino Superior. Inicialmente no curso de Gestão de Empresas do Instituto Politécnico de Tomar (IPT) e depois no Instituto Politécnico de Leiria, onde concluí a minha licenciatura.

Sou apreciador de bons vinhos e de pratos da gastronomia regional. Um dos meus pratos favoritos é, sem dúvida, o magusto com bacalhau. Não há nenhuma edição das Tasquinhas de Rio Maior em que não vá lá só para degustar essa iguaria. Aquele sabor faz-me voltar aos meus tempos de meninice.

Não perco uma oportunidade de disputar uma partida de ténis. As funções que exerço, neste momento, obrigam-me a uma vida um pouco sedentária, por isso faço questão, quando posso, de me juntar com os amigos para praticar desporto. Os jogos são sempre na manhã de domingo. É uma forma de desenferrujar o corpo, aliviar do stress do dia-a-dia e conviver.

Larguei o associativismo por falta de tempo. Desde a Associação de Estudantes de Escola Secundária de Rio Maior e do Instituto Politécnico de Tomar, às comissões de praxes do ensino superior, foram muitas as horas dedicadas às várias associações a que pertenci. Recentemente concluí um mandato de dois anos como presidente da direcção da Associação Social e de Desenvolvimento de Casais da Serra, localidade onde moro à sete anos. Tive de deixar o cargo, pois era muito difícil conseguir conciliar as duas direcções ao mesmo tempo.

Os bons alunos também vão para o ensino profissional. Há ainda a ideia de que este tipo de ensino não é para os bons alunos, o que não corresponde de todo à realidade. O ensino profissional é para todos e é a melhor via de ensino para preparar os alunos para o mercado de trabalho, independentemente de estes seguirem o ensino superior ou não.

Quem sai do ensino profissional arranja mais facilmente emprego. Isto acontece devido ao cuidado que as escolas têm em fomentar a aquisição das “soft-skills” (competências subjectivas), tão valorizadas pelo mercado de trabalho. Na Escola Profissional de Rio Maior, uma das preocupações é a preparação de bons profissionais e a diversidade de oferta formativa. É por isso que, no próximo ano lectivo vamos ter mais cursos profissionais, e pretendemos ainda dar resposta às necessidades do tecido empresarial local, através de acções de formação em regime pós-laboral.

A infância foi passada nas ruas de Alcobertas. Costumava jogar futebol e andar de bicicleta com os amigos. Na altura, as crianças tinham toda a liberdade para brincar todo o dia na rua e e não existiam grandes preocupações de segurança como acontece hoje em dia.

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