“Minde é a freguesia que tem mais artistas por metro quadrado”, disse a presidente da Câmara de Alcanena, Fernanda Asseiceira (PS), no domingo, 21 de Janeiro, na inauguração da Casa da Memória, em Minde. Uma obra que demorou cinco anos a ser concretizada e que foi muito desejada pela comunidade.

Segundo a autarca, Minde sempre se destacou das outras freguesias por ter uma grande componente associativa e uma forte dinâmica cultural. Isso tudo também graças ao apoio assíduo às associações, mesmo na altura em que a câmara passou por dificuldades financeiras no período da troika, sublinhou Fernanda Asseiceira.

Durante a cerimónia, a presidente do município admitiu que ainda há muitas pessoas que olham erradamente para as entidades públicas como únicas responsáveis por concretizar projectos. Ainda assim, referiu, há bons exemplos como Abílio Madeira Martins e a sua esposa, Maria Cândida Nascimento. “Um casal que realizou este gesto de grande cidadania e de enorme inteligência, deixando o seu legado à população de Minde e a quem vier futuramente”, adiantou a autarca.

A Casa da Memória reúne o espólio reunido pelo professor Abílio Madeira Martins e pela sua esposa Maria Cândida Nascimento. O projecto nasceu por iniciativa do casal, que queria disponibilizar todo o seu espólio ao público, tendo sido feita uma proposta à Junta de Freguesia de Minde para a doação do montante necessário à aquisição do imóvel para albergar todo o espólio.

A proposta foi aprovada e a Junta de Freguesia de Minde adquiriu o imóvel a 14 de Janeiro de 2014. Foi depois adjudicada a obra de “Requalificação do Edifício da Casa da Joaquininha” a 14 de Novembro de 2014, pelo valor de 144.015 euros. A Câmara Municipal de Alcanena comparticipou, com o valor de 50.000 euros a aquisição de equipamento necessário ao funcionamento da Casa da Memória e arranjos exteriores.