O MIRANTE | 16-11-2018 13:00

“A Câmara da Chamusca não liga muito às pessoas e não ajuda o comércio”

“A Câmara da Chamusca não liga muito às pessoas e não ajuda o comércio”
31º ANIVERSÁRIO DE O MIRANTE
Manuel Rodrigues Cabeleireiro - Ulme

Manuel Rodrigues - Cabeleireiro - Ulme

Durante muitos anos Manuel Rodrigues foi operador de máquinas de terraplanagem. Trabalhava um pouco por todo o país e diz que algumas vezes viveu tempos complicados, principalmente quando fazia frio. Na altura já aproveitava o tempo disponível para trabalhar como cabeleireiro e diz que foi a fase mais interessante da sua vida porque conheceu muita gente e porque fez trabalhos difíceis, dos quais ainda hoje se orgulha.

Tendo nascido na Chamusca, foi viver para Ulme onde ainda reside. Tem amigos nas duas localidades. Uns são amigos de infância, outros são amigos do tempo da tropa. Gosta de viver onde vive porque a terra é tranquila, com qualidade de vida e segura e porque as pessoas são amigas umas das outras.

Os valores que lhe transmitiram, tanto a família como os amigos e os professores, são os que o guiam na vida: honestidade, humildade e tolerância.

Diz que a perda de população se deve à falta de empregos e lembra o tempo em que havia fábricas a trabalhar no concelho. Agora em Ulme só a fábrica de engarrafamento de água porque a do papel e do tijolo são só uma memória.
“Gostava que houvesse mais trabalho e mais pessoas jovens porque assim as pessoas vão embora. Tivemos também uma altura em que havia falta de terrenos para habitação e muitos jovens tiveram de ir embora, uns para o Entroncamento e outros para a Golegã e Almeirim. E esses faziam cá falta hoje”.

Manuel Rodrigues considera que as câmaras municipais não dão atenção suficiente às pessoas e ao comércio local. Para ele a Câmara da Chamusca tem tido alguma responsabilidade no encerramento de algum comércio, tanto na sede do concelho como nas freguesias.

“Se a terra fosse mais desenvolvida e se tivesse mais habitantes e mais empregos existia mais comércio e um maior desenvolvimento. Aqui em Ulme existiam oito lojas e sete ou oito cafés e agora só existem três ou quatro e nem isso. Uma coisa boa é a população. Junta-se toda nas festas. Há uns anos fizemos o cortejo de oferendas para fazermos o centro de dia e foi maravilhoso. Toda a gende se juntou e correu muito bem”.

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