Política | 18-12-2004 12:14

PS acusa Governo de falta de transparência na venda de património

O secretário-geral do PS, José Sócrates, acusou hoje o Governo de falta de transparência e de desprezo pelo património do Estado Português ao assumir uma operação de venda de património público para reduzir o valor do défice.

O secretário-geral do PS, José Sócrates, acusou hoje o Governo de falta de transparência e de desprezo pelo património do Estado Português ao assumir uma operação de venda de património público para reduzir o valor do défice.A acusação do líder socialista foi feita na primeira acção de pré-campanha do PS em Lisboa, que juntou na antiga FIL cerca de três mil pessoas."Ao que nós chegamos. Agora vale tudo", criticou o secretário- geral socialista, considerando que a venda de edifícios do Estado para "mascarar o défice" é um acto "irresponsável e leviano"."Portugal não tem património a mais. Portugal tem é um Governo que já está a mais", disse, acusando o PSD e o CDS-PP de entrarem num "estado de desespero que os está a levar à indignidade".Sobre o Governo, José Sócrates apontou ainda "a falsa promessa" do ministro de Estado e da Defesa de construir os veículos blindados com rodas na empresa "Bombardier" e as "contradições" sobre a cobrança de portagens aos jipes nas auto-estradas.O secretário-geral do PS acusou também o Governo de ter falhado no seu principal objectivo de controlar as contas públicas, deixando, em contrapartida, "150 mil novos desempregados e um país a divergir da média da União Europeia há sete trimestres consecutivos"."Se há uma marca deste Governo é o do fracasso social total", acrescentou.Se o PS chegar ao poder depois das próximas eleições, Sócrates prometeu não destruir tudo o que foi feito nos últimos anos - o objectivo "é corrigir os erros" -, e recuperar o sentido de Estado no exercício de funções políticas.Antes de José Sócrates, o dirigente socialista Jaime Gama afirmou que o fim da coligação PSD/CDS-PP "é o reconhecimento de que os dois partidos não estavam à altura das suas responsabilidades governativas"."É também o reconhecimento de que as coligações nem sempre constituem fusões adequadas para resolverem os problemas no País", disse, numa alusão à dificuldade de uma possível aliança do PS com as forças políticas à sua esquerda.Jaime Gama alertou depois para a dificuldade de se gerarem maiorias absolutas a partir do sistema eleitoral português."O País terá de decidir se quer uma alternativa do PS sem meios para executar o seu programa, ou se quer uma alternativa com os instrumentos indispensáveis para que esse programa possa ser executado", sustentou o ex-ministro dos Negócios Estrangeiros.

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