No final de uma conferência de imprensa em Santarém, Miguel Relvas afirmou que o líder do PS não é coerente nas suas propostas de governação e acusou-o de "fugir ao debate" público com o actual primeiro-ministro.Na sua opinião, José Sócrates representa a "política do cuco" que "aparece e desaparece conforme a circunstância", constituindo-se mais como um "contorcionista, que diz uma coisa num dia e diz outra coisa noutro dia"."Por isso o PS está a sentir a necessidade de esconder o engenheiro Sócrates e não é por acaso que quem hoje aparece na imprensa é o doutor António Vitorino", um sinal de que o líder socialista "começa a ser um incómodo" para o próprio partido, considerou.Em declarações à Agência Lusa, Miguel Relvas anunciou a sua total disponibilidade para participar em debates com os outros partidos, quer no distrito de Santarém, onde é o cabeça-de-lista, quer a nível nacional, e lamentou que essa atitude não exista no PS."Quem não quer debater Portugal não pode governar Portugal", afirmou, considerando que "numa democracia solidificada e com as características da nossa" é "uma vergonha" que "o engenheiro Sócrates queira fugir à discussão de ideias".Na conferência de imprensa, Miguel Relvas fez um balanço do mandato no distrito de Santarém, apresentando dados que indicam que o Governo cumpriu "mais de setenta por cento dos compromissos assumidos para quatro anos".De entre as tarefas realizadas, Miguel Relvas destacou a subida de Santarém para o quinto lugar no ranking dos distritos que recebem verbas do Programa de Investimentos e de Desenvolvimento da Administração Central (PIDDAC), bem como a saída de Santarém da Comissão de Coordenação de Desenvolvimento Regional de Lisboa, permitindo repor investimentos comunitários que estavam vedados devido ao nível de desenvolvimento da região.No próximo sábado, a pré-campanha no distrito de Santarém tem mais um momento grande com um jantar-comício de Pedro Santana Lopes em Ourém, no Centro de Congressos municipal.