Política | 21-02-2005 00:22

Ps elege 6 deputados em Santarém

O PS obteve este domingo 46,14 por cento dos votos no distrito de Santarém (mais 7,76% que em 2002), elegendo seis deputados, o PSD 26,39 por cento (menos 11,73%), passando de quatro para três deputados, a CDU 8,62% (mais 0,08%), mantendo um deputado.O presidente da Federação Distrital do PS de Santarém, Paulo Fonseca, sublinhou o "resultado histórico" obtido pelo partido no distrito, ao eleger pela primeira vez seis deputados.Paulo Fonseca, também eleito na lista chefiada por Jorge Lacão, disse à Agência Lusa estar "muito satisfeito" com o resultado alcançado, garantindo que à festa de hoje se seguirá o assumir das responsabilidades que os eleitores delegaram no Partido Socialista, ao darem uma maioria absoluta ao partido pela primeira vez.Jorge Lacão afirmou que a atitude de "responsabilidade, moderação e empenho" demonstrada ao longo da campanha eleitoral ajudaram à obtenção deste resultado, não sendo, no distrito, indiferente a "convicção das pessoas de que as falsas soluções ao nível da descentralização e do desenvolvimento regional devem ser revistas".Nesse sentido, reafirmou o compromisso de que se irá bater pela alteração da divisão administrativa, que o próprio mandatário distrital do PSD disse estar a colocar o distrito em risco de dissolução ao agregar o Médio Tejo à Região Centro e a Lezíria ao Alentejo.Vasco Cunha, o último deputado a conseguir ser eleito pelo PSD, reconheceu a derrota do partido, que atribuiu a circunstâncias nacionais e não distritais.No seu entender, o resultado no distrito reflectiu também a avaliação feita pelos portugueses em relação à governação, que é de "desencanto".Luísa Mesquita, que renova o seu mandato pela CDU, sublinhou à Lusa a subida em mais de mil votos, o que, no seu entender, reflecte um reconhecimento do trabalho desenvolvido pela coligação no distrito, mas também a nível nacional, ao eleger mais deputados.Sublinhou que a perda eleitoral do CDS/PP, que não conseguiu eleger o deputado que mantinha há três legislaturas, recaiu na esquerda.Luísa Mesquita atribuiu ainda à estratégia de proximidade, apresentação de contas e de propostas seguida durante a campanha a manutenção da CDU como terceira força também no distrito.O presidente da distrital do CDS/PP, Herculano Gonçalves, assumiu parte da derrota eleitoral do partido no distrito, por ter aceite o candidato que lhe foi "imposto" pela nacional (Nuno Fernandes Thomaz) e o modelo de campanha que este seguiu, prometendo mais reacção para depois da reunião da comissão política distrital, agendada para segunda-feira.Para Herculano Gonçalves, a questão da sua demissão não se coloca, tendo em conta que não foi ouvido na escolha do cabeça de lista e porque deve "respeitar as pessoas que deram a sua confiança" ao partido.Joana Amaral Dias (Bloco de Esquerda) disse à Lusa que, apesar de não ter sido eleita, o resultado obtido no distrito foi "muitíssimo positivo", ao quase triplicar os deputados conseguidos em 2002, assegurando que vai manter a sua ligação ao distrito."Este aumento espectacular obriga a honrar o compromisso com estes eleitores", afirmou.O CDS/PP perdeu o seu deputado ao conseguir apenas 6,93 por cento dos votos (contra os 8,4 de 2002), tendo o Bloco de Esquerda subido a sua votação de 2,79 por cento para 6,53 por cento.

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