Política | 18-01-2010 18:29

PSD anula plano de pormenor para Campo Infante da Câmara

A maioria PSD no executivo da Câmara de Santarém decidiu esta segunda-feira anular o plano de pormenor para a área envolvente ao Campo Infante da Câmara e o projecto de loteamento municipal para aquele espaço aprovados pela maioria socialista que governava a autarquia no mandato 2001-2005. O presidente da Câmara de Santarém, Francisco Moita Flores (PSD), justifica que a requalificação daquele espaço nobre e central da cidade, com cerca de oito hectares, é uma das prioridades para o actual mandato. A construção de um pavilhão multiusos e uma zona de lazer com bares e discotecas que ajudem a dar vida nocturna à cidade são alguns dos objectivos avançados pelo autarca.O processo volta mais uma vez à estaca zero, depois de década e meia de discussão e de promessas políticas acerca do futuro daquele espaço onde está situada a Casa do Campino, entre outros equipamentos. O actual executivo propõe-se elaborar “um plano de pormenor moderno e actualizado, de acordo com as expectativas que Santarém deve ter para o século XXI”, como referiu Moita Flores.O projecto aprovado pelo executivo liderado pelo socialista Rui Barreiro previa ali a implantação de vários equipamentos públicos, como uma biblioteca e um arquivo municipais, uma casa das artes e um centro de acolhimento ao turista. Antevia também a construção de um hotel, uma ampla zona verde e espaços lúdicos e de lazer, além de um parque de estacionamento subterrâneo. “Esse plano de pormenor é anulado por uma simples razão: este executivo vai mexer finalmente no Campo Infante da Câmara. Não queremos que continue ali aquele martírio e aquela ignomínia para a cidade”, afirmou Moita Flores durante a discussão, sublinhando que essa intervenção faz parte do seu compromisso eleitoral.O vereador do PS António Carmo, que votou contra a anulação do plano de pormenor, questionou quanto vai custar essa decisão – não obtendo resposta nesse capítulo – e manifestou preocupação que nos planos da actual maioria esteja a massificação de construção naquela zona.Moita Flores disse que uma das suas preocupações é afastar o betão de Santarém, “porque betão a mais tem isto”. E refutou que o processo tenha voltado ao princípio, pois praticamente nunca teve andamento.

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