Política | 15-12-2010 07:03

Vereadores do PS não aprovaram Orçamento da Câmara da Chamusca

Os vereadores do Partido Socialista na Câmara Municipal da Chamusca, Joaquim José Garrido e Paulo Queimado, votaram contra o Orçamento da autarquia para 2011 apresentado na reunião de 13 de Dezembro. Em relação às grandes opções do plano, os dois vereadores abstiveram-se. Os documentos foram assim aprovados com os votos favoráveis dos dois eleitos da CDU e do eleito do PSD, que estão a tempo inteiro na autarquia.Nem o facto do presidente da câmara, Sérgio Carrinho (CDU), ter indicado que todas as sugestões das juntas de freguesia e de todos os eleitos na câmara tinham sido levados em conta e que o Orçamento apresenta uma redução de um milhão de euros em relação a 2010, chegou para levar o PS a votar favoravelmente os documentos.Se em relação às grandes opções do plano os eleitos do PS se abstiveram sem fazer grandes declarações, em relação ao Orçamento votaram contra e foram bastante críticos para com a maioria da CDU/PSD. Numa declaração de voto, Joaquim Garrido e Paulo Queimado consideram o documento completamente inaceitável.Contestam que a redução de previsão de receitas em um milhão de euros seja real. Para os socialistas, o município continua a depender em 86 por cento das transferências do Estado e os restantes 14 por cento de receitas próprias “estão completamente empoladas”.Os dois vereadores dão exemplos comparativos com as receitas de 2009, que dizem ter sido um ano normal, e verificam que entre o orçamentado para 2011 e o realizado em 2009 existe um diferencial de 10 milhões de euros, “nada fazendo adivinhar qualquer alteração neste cenário a não ser no sentido do agravamento da dívida e consequente défice orçamental”Os eleitos do PS garantem não poderem ser coniventes com estas opções orçamentais, “que não só continuam a comprometer o futuro do concelho, como comprometerá a breve trecho o normal funcionamento da câmara municipal”. Para o PS, “trata-se de um documento irrealista, que urge corrigir por ser ele próprio o guia de base desta instituição, e sem o qual esta bloqueará por impossibilidade técnica de orçamentação, comprometendo o pagamento de empréstimos a fornecedores, podendo mesmo colocar em causa a manutenção de postos de trabalho dos funcionários do município e dos que lhes estão agregados”.Sérgio Carrinho não respondeu aos eleitos do PS. E no final o vereador da CDU, Francisco Matias disse a O MIRANTE que não houve resposta por parte do presidente porque os eleitos do PS usaram um estratagema que lhes é muito comum. “Apresentaram uma declaração de voto, que não pode ser contestada. Fizeram-no com o sentido de fugir à discussão. Mas na altura própria o presidente vai responder às acusações”, garantiu.

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