Política | 01-07-2011 08:04

Vice-Presidente da Câmara de Tomar acusa Partido Socialista de “deslealdade política”

Foi num tom cáustico que o vice-presidente da Câmara Municipal de Tomar, Carlos Carrão (PSD) interveio quando, na tarde de quinta-feira, 30 de Junho, chegou a altura do executivo discutir uma proposta apresentada pelo Partido Socialista (PS) apresentada há 15 dias, altura em que compareceram nos Paços do Concelho sete presidentes de junta acompanhados pela deputada municipal do PS, Anabela Freitas, a reclamar máquinas e mão-de-obra para fazer obras nas suas freguesias. A ex-deputada da Assembleia da República é apontada como sucessora de Hugo Cristóvão na liderança da concelhia socialista de Tomar. A proposta apontava, entre outros aspectos, que fossem encetados os trabalhos entre o Município e as Juntas de freguesia no sentido de que, “face à disponibilização de equipamentos mas falta de recursos humanos disponíveis na autarquia sejam desenvolvidos contactos com empresas de trabalho temporário” para sua disponibilização. Mais do que o conteúdo da proposta foi o modo como o processo foi conduzido que levou Carlos Carrão a dar um murro na mesa, uma vez que para o autarca “foi feita à revelia do parceiro da coligação e antecedida de um comunicado partidário”, tentando envolver, para não dizer manipular, todos os Presidentes de Junta “para fins político-partidários e de estratégia eleitoral” “Percebo que o PS precise de mostrar que existe. E percebo que comece a lançar candidatos, ou candidatas, para as próximas eleições autárquicas. Mas não percebo que o faça de forma desleal para com o PSD, seu parceiro da coligação com o qual governa em conjunto o Município de Tomar, criando ainda mais dificuldades numa situação já de si difícil”, continuou o vice-presidente da autarquia que referiu que esta é apenas uma atitude que “a somar a muitas outras, na Câmara Municipal, na Assembleia Municipal, através de comunicados partidários, nos blogs, facebook e afins”. Carlos Carrão foi mais longe e disse aos vereadores do PS, “muito frontalmente” que percebe que seja difícil “estar no poder e na oposição” ao mesmo tempo. “Mas o PS vai ter que optar. Ou alguém o fará um dia destes, porque está em causa a coerência que também na política deve existir”, avisou o vice-presidente, Luis Ferreira, vereador do Partido Socialista, refere que Carlos Carrão fez um comentário “com o coração partidário” e numa altura em que as hostes do PSD estão bem animadas e desejosas de mostrar que têm poder. “O Partido Socialista irá analisar o que o Sr. Vice-presidente disse aqui em reunião pública de câmara e avaliar em consonância com o conteúdo e a forma da sua expressão”. Já José Becerra Vitorina lamentou a crispação com que o vereador Carlos Carrão fez a sua intervenção atribuindo-a à falta de diálogo. Esta sexta-feira, 1 de Julho, há reunião da Comissão Política do Partido Socialista que deverá emitir uma reacção às críticas de Carlos Carrão.

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