Críticas e agradecimentos na hora da despedida
Vereador Paulo Neves (PSD) foi incisivo na última reunião do mandato, criticando a gestão socialista em anteriores mandatos que levou a descalabro financeiro do município.
O vereador da oposição na Câmara do Cartaxo, Paulo Neves (PSD), despediu-se das lides políticas na última sessão camarária e afirmou que sai com o sentimento de dever não cumprido. “Entrei ainda no mandato do presidente Paulo Caldas [PS], altura em que a câmara já estava completamente destruída financeiramente. Nunca consegui que Paulo Caldas pensasse de uma maneira mais próxima de mim. Este segundo mandato foi para corrigir os erros do anterior mandato. Pagar a dívida astronómica do município era o único caminho a trilhar. O sentimento de dever não cumprido é por não ter conseguido ir mais longe do que queria”, afirmou, acrescentando que no próximo mandato vai haver “folga” para fazer mais coisas e fazer o concelho “renascer das cinzas”.
A última reunião do mandato durou apenas 45 minutos e serviu para os autarcas fazerem balanços e agradecimentos. O presidente da câmara, Pedro Magalhães Ribeiro (PS), que passa a governar com maioria absoluta, elogiou a oposição, sobretudo os autarcas que vão deixar funções políticas, nomeadamente os vereadores Sónia Serra (PS), Paulo Neves (PSD), Vasco Cunha (PSD) e Paulo Varanda (movimento independente).
O vereador do movimento independente Nuno Nogueira, - agora eleito pela Coligação Nós Cidadãos, que integra o PSD – também agradeceu o apoio durante o mandato que agora termina e fez um balanço positivo dos últimos quatro anos. Fernando Amorim e Sónia Serra também fizeram os mesmos agradecimentos e balanço de final de mandato.
Vasco Cunha despediu-se das lides políticas e sublinhou que não estavam propriamente num funeral mas sim num final de ciclo. “Amanhã começa já outro ciclo político e é assim que devemos ver as coisas. Não podemos ficar tristes nem saudosistas. Fizemos o nosso trabalho o melhor que pudemos e soubemos fazer”, reforçou.