Maioria na Câmara de Santarém começa o mandato desfalcada
Dois dos vereadores do PSD recentemente empossados não participaram na primeira reunião do executivo, onde se ficou a saber que o PS rejeitou os pelouros oferecidos pelo presidente.
Já o número dois da lista do PSD à câmara, Nuno Serra, que também é deputado à Assembleia da República, esteve ausente da reunião de segunda-feira, 30 de Outubro, por estar a participar nas jornadas parlamentares do seu partido. Foi substituído nessa sessão por Cristina Casanova Martins.
A situação não passou em claro à oposição PS, com o vereador Rui Barreiro a lamentar a necessidade de o PSD ter de proceder à substituição de dois eleitos directos logo na primeira reunião após a tomada de posse. “Esperamos que não continue a acontecer, porque os eleitores pronunciaram-se perante determinada expectativa”, disse o socialista.
Na mesma reunião ficou a saber-se que o PS rejeitou os pelouros que foram oferecidos pelo presidente da câmara, Ricardo Gonçalves (PSD), a uma das vereadoras socialistas, que ficaria a tempo inteiro no executivo. Entre as áreas propostas estavam a acção social, saúde e trânsito, mas o PS achou “excessivo” que o presidente impusesse o destinatário dos pelouros e, além disso, pretendia também lugares na administração das empresas municipais Águas de Santarém e Viver Santarém, o que o PSD recusou.Sendo assim, o mandato começa com o PSD a ter apenas três elementos a tempo inteiro no executivo camarário, o presidente Ricardo Gonçalves e os vereadores Inês Barroso e Jorge Rodrigues. Ricardo Rato fica a meio tempo, enquanto Nuno Serra, por ser deputado, não pode ter tempo atribuído. Quando regressar, em 2018, a vereadora Cláudia Coutinho deverá assumir funções a tempo inteiro.