O município de Tomar não vai ficar com a responsabilidade sobre nenhum troço de estrada nacional no concelho se este não estiver em condições. A presidente da câmara municipal, Anabela Freitas (PS), respondia ao vereador da oposição, José Delgado (PSD), que questionou a autarca sobre a intenção do Governo entregar troços de estradas nacionais para os municípios.

“Espero que esta transferência venha acompanhada de um pacote que defina com clareza os objectivos e o respectivo envelope financeiro”, disse em sessão camarária. Em cima da mesa está a possibilidade do Governo transferir 51,9 quilómetros de troços de estradas nacionais do concelho para a responsabilidade do município.

Anabela Freitas explicou que no passado foi assinado um protocolo com a Estradas de Portugal – agora Infraestruturas de Portugal – para passar a Estrada Nacional 110, na zona de Tomar, para a tutela do município mas a medida nunca se concretizou. “Estamos a tentar que esse protocolo seja cumprido. O que se perspectiva, através da delegação de competências, é que esses 51,9 quilómetros de estrada passem para a responsabilidade da Câmara de Tomar. Existe um sacudir de água do capote por parte da Infraestruturas de Portugal”, disse.

A autarca garantiu que o município não vai receber nenhuma estrada sem saber em que estado se encontram as vias. “Assinamos protocolo com o Estado para que seja avaliado, via a via, o estado de cada artéria. Só após esse estudo é que vamos avaliar que estradas vão ser transferidas para o município. Estamos disponíveis para receber as estradas desde que venham arranjadas. A nossa posição negocial tem sido esta e vai continuar a ser. Não vamos gastar dinheiro a arranjar estradas que até aqui não eram da nossa responsabilidade e que já estão degradadas há algum tempo”, assegurou.