Política | 06-02-2018 07:09

Câmara de Abrantes manda corrigir ETAR envolvida no caso de poluição do Tejo

"Não há descargas de ETAR´s urbanas capazes de provocar o que se tem assistido no rio Tejo, nomeadamente no território de Abrantes, garante presidente da câmara.

A Câmara de Abrantes anunciou hoje que vai notificar a empresa Abrantáqua para proceder às devidas correcções na ETAR da Fonte Quente, na sequência do anúncio que a mesma encontra-se em incumprimento dos parâmetros a que está obrigada.

Em comunicado, a autarquia de Abrantes, refere que, "relativamente às inspecções realizadas no território de Abrantes, os resultados dão conta de incumprimento de parâmetros ocorridos na Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) da Fonte Quente, em relação aos níveis de carência bioquímica e química de oxigénio e de sólidos suspensos totais", tendo dado conta que a Abrantáqua, concessionária de águas residuais no concelho de Abrantes, "será notificada para proceder às devidas correcções".

O inspector-geral da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território (IGAMAOT) revelou hoje que a ETAR de Abrantes "encontra-se em incumprimento dos parâmetros a que está obrigada", tendo Nuno Banza referido não considerar aqueles incumprimentos "expressivos uma vez que esta ETAR apenas contribui com 5% da carga orgânica despejada no Tejo".

O responsável falava no âmbito de uma conferência de imprensa de apresentação dos resultados das análises efectuadas aos efluentes das ETAR urbanas e industriais descarregados no rio Tejo.

Sobre os dados revelados, na segunda-feira, 5 de Fevereiro, a Câmara Municipal de Abrantes afirmou "congratular-se com as diligencias dos serviços do Ministério do Ambiente com vista a apurar responsabilidades sobre o cenário devastador de poluição no Rio Tejo”, tendo sublinhado que vai "assumir as suas responsabilidades".

Nesse sentido, "enquanto entidade responsável pela concessão deste serviço, vai solicitar à entidade concessionária, a Abrantáqua, esclarecimentos sobre a situação aludida pelo resultado das inspecções".

A autarquia, liderada pela socialista Maria do Céu Albuquerque, "refuta que uma situação que eventualmente tenha acontecido e que é de carácter pontual", seja apontada como estando na origem do manto de espuma no rio", ocorrido nas últimas semanas.

"Não há descargas de ETAR´s urbanas capazes de provocar o que se tem assistido no rio Tejo, nomeadamente no território de Abrantes, bem como a montante de Abrantes com episódios constantes de espuma", advogou, tendo afirmado que este é "um problema nacional que urge respostas urgentes, sob pena de se perder um grande activo nacional que é o rio Tejo".

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