Política | 26-04-2019 15:00

Câmara de Ourém apresenta resultados positivos ao fim de 12 anos

Documentos foram aprovados por unanimidade em sessão camarária.

A Câmara de Ourém aprovou as contas de 2018 com um saldo positivo de 712 mil euros. Os documentos foram aprovados em reunião do executivo. Em nota de imprensa, o município refere que o relatório de gestão e prestação de contas, votado por unanimidade, apresentou um resultado líquido positivo de cerca de 712 mil euros. “Este saldo contrasta com os resultados apresentados nos últimos 12 anos, em que o mesmo foi consecutivamente negativo e que contribuiu para a deterioração dos capitais próprios do município em cerca de 36 milhões de euros”, refere o presidente Luís Albuquerque (PSD) em nota de imprensa.

Segundo a nota do presidente, o resultado do exercício de 2018 é “histórico” e terá repercussões no investimento previsto a realizar no concelho nos próximos meses. O documento refere um grau de execução da receita na óptica das cobranças líquidas de 89,8%, superando a meta dos 85%. Excluindo os efeitos extraordinários das vendas de bens de investimento, de passivos financeiros e do saldo de gerência anterior, as receitas líquidas reflectem um aumento de 4,4% face ao ano anterior.

Relativamente às despesas, registou-se uma diminuição de 10,3%, o que representa um decréscimo de 3,5 milhões de euros, embora se tenha verificado um aumento das despesas com o pessoal, em 1,7 milhões de euros, decorrentes do processo de internalização da empresa Ourém Viva. A mesma nota de imprensa afirma que a autarquia teve um resultado corrente positivo em 9,7 milhões de euros e resultado orçamental positivo em cerca de 6,9 milhões de euros. Albuquerque garante que não há pagamentos em atraso e o prazo médio de pagamentos situa-se em 19 dias, quando em 2017 era de 25 dias.

Foi proposta ainda uma revisão orçamental em alta, que prevê um reforço de um milhão de euros, passando o orçamento municipal para 43,96 milhões de euros. “É proposto que deste valor sejam alocados 385 mil euros na aquisição das quotas dos sócios da Fatiparques e no pagamento das dívidas existentes na empresa”, salientou o autarca na nota (ver notícia relacionada com o processo da Fatiparques nesta edição).

Oposição critica falta de estratégia que reforce atracção do concelho

Os vereadores da oposição consideram que a gestão financeira da Câmara de Ourém foi pouco mais do que uma mera gestão corrente das actividades municipais. “Esta gestão constituiu-se praticamente em liquidar receitas”, referem os vereadores socialistas em nota de imprensa, acrescentando que impunha-se mudar o ‘chip’ e virar a autarquia para a implementação de estratégias que fossem ao encontro das necessidades dos munícipes e reforçar os elementos de atractividade do concelho.

Cília Seixo, José Reis e João Heitor consideram que os pontos fracos do desempenho da maioria PSD/CDS estão relacionados com a promessa de recuperação e beneficiação de estradas e caminhos municipais uma vez que “executou apenas 757 mil euros dos 1.255 mil euros previstos”. Os autarcas criticam ainda a falta de ideias próprias nem projectos deste executivo para o município limitando-se a executar o que herdou da governação PS, destacam.

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