Saúde | 16-10-2006 16:11

Concentração de urgências em Abrantes contestada pela oposição

A concentração em Abrantes das Urgências Cirúrgicas do Centro Hospitalar do Médio Tejo é contestada pelas estruturas regionais do CDU e do BE, que querem este serviço também nos hospitais de Torres Novas e Tomar.A proposta de remodelação da Rede de Urgências, apresentada pelo ministro da Saúde, prevê a concentração do serviço cirúrgico (que envolve mais recursos) em Abrantes, ignorando as reivindicações das populações servidas por Torres Novas e Tomar, acusam os bloquistas e a CDU em comunicados hoje divulgados.Em particular, a CDU critica o facto de Abrantes ser beneficiada com um serviço de urgências cirúrgicas, enquanto que Torres Novas e Tomar ficam somente com a prestação de cuidados básicos, quando a tutela deveria optar por uma "articulação entre os três hospitais" do centro hospitalar, em vez de favorecer somente uma unidade."A desqualificação das urgências gerais dos hospitais de Tomar e Torres Novas para Serviços de Urgência Básica" vem "pôr em risco a prestação de cuidados urgentes à população que actualmente recorre a estes dois hospitais", refere a CDU salientando que são 300 os utentes que diariamente procuram estas unidades.Esta solução, alega a estrutura da coligação, "vai contribuir para um agravamento da falta de rentabilidade da capacidade técnica e organizacional instalada" nos dois hospitais, prejudicando também a unidade de Abrantes, que não tem "capacidade para satisfazer as necessidades dos doentes que agora recorrem a Tomar e Torres Novas".Em compensação, a estrutura da CDU do norte do Ribatejo propõe que o serviço de urgências cirúrgicas seja atribuído ao centro hospitalar como um todo e não apenas ao hospital de Abrantes.Depois, caberá ao conselho de administração do centro hospitalar "organizar as urgências de acordo com as valências existentes" em cada uma das unidades hospitalares, tendo em conta a capacidade instalada, as condições humanas e a área de influência.Já a Distrital do Bloco de Esquerda defende a "complementaridade no Centro Hospitalar do Médio Tejo", exigindo a "divulgação dos estudos" que serviram de base à decisão da tutela que deve ser também articulada com as autarquias."Qualquer decisão tomada sem o cumprimento daquelas premissas, terá que ser entendido como um sinal de má fé por parte do Governo e da Administração do Centro Hospitalar", acusam os bloquistas.Estudos ministeriais referem a existência de problemas de gestão do Centro Hospitalar duram desde a sua construção, durante os anos 90, já que as três unidades estavam sobredimensionadas para a população que serviam (cerca de 170 mil pessoas), gerando dificuldades na distribuição dos recursos humanos e financeiros.

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