Saúde | 13-04-2018 10:01

Administração regional de saúde quer mais camas mas hospitais não têm espaço

Hospital Vila Franca de Xira aumentou há pouco tempo o número de camas de 278 para 313 e muito dificilmente conseguirá aumentar muito mais.

A Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) pretende aumentar o número de camas nos hospitais desta região, mas o Hospital Vila Franca de Xira e os quatro hospitais do distrito de Santarém ainda não sabem se têm condições para responderem a esta determinação. Ao todo pretende-se aumentar mais 278 camas, para um total de 8149, até Setembro. Os hospitais de Santarém e do Centro Hospitalar do Médio Tejo (que agrega as unidades de Abrantes, Tomar e Torres Novas) não sabem quantas camas para doentes agudos vão conseguir aumentar, aguardando por indicações da (ARSLVT), sendo certo que o espaço não estica por decreto.


De acordo com uma portaria sobre a reestruturação da Rede de Cuidados de Saúde, publicada recentemente, pretende-se “promover o ajustamento das lotações dos hospitais e centros hospitalares da respectiva região, aumentando a capacidade de resposta na Medicina Interna, sem comprometer a disponibilidade ao nível das especialidades cirúrgicas, atento o objectivo de cumprimento dos tempos máximos de resposta garantidos.


O administrador do Hospital de Santarém, José Josué, em declarações a
O MIRANTE, refere que está disponível para fazer um trabalho conjunto com a ARSLVT, “para o qual o Hospital de Santarém não deixará de dar o seu contributo, que passará por definir o número e depois reorganizar espaços de acordo com a nova realidade”. O Centro Hospitalar do Médio Tejo considera que ainda é prematuro falar sobre o assunto. O Hospital Vila Franca de Xira aumentou há pouco tempo o número de camas de 278 para 313 e muito dificilmente conseguirá aumentar muito mais.


Esta medida da administração regional de saúde tem a ver com o facto de alguns doentes passarem mais tempo internados. “Mais recentemente vem-se acentuando a tendência para se agravar a dificuldade em dar alta aos doentes internados (sobretudo os mais idosos) em hospitais e em camas integrantes da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados, facto que, aliado ao aumento de procura dos serviços de urgência, tem resultado em aumento das taxas de ocupação”, justifica a ARSLVT.
Esta realidade tem efeitos significativos sobre o número de camas disponíveis em serviços como os de Medicina Interna: “em 2017 havia, em todos os hospitais da ARSLVT, 1.580 camas de Medicina Interna que representavam 20% da lotação total de hospitais da região”. A ARSLVT deve também elaborar até Setembro, em conjunto com os hospitais, um “plano de medidas concretas e quantificadas” que contribua para a criação de, pelo menos, seis centros de responsabilidade integrados.

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