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Cartaxo elege Rainha das Vindimas

Embaixatriz do concelho coroada no Ateneu Artístico Cartaxense

Oito candidatas, representantes de cada uma das freguesias do concelho do Cartaxo, subiram ao palco do Ateneu Artístico Cartaxense para a 15ª eleição da Rainha das Vindimas. Ana Carolina Carvalho, 19 anos, em representação da freguesia do Cartaxo, foi a fiel depositária da coroa que foi passando simbolicamente pelas mãos das 14 antecessoras. Mónica Pereira, de Vila Chã de Ourique, e Márcia Crena, de Vale da Pinta, ocuparam os restantes lugares do pódio ao lado da rainha.

As imagens de uma visita à Associação de Protecção dos Animais Abandonados do Cartaxo (APAAC), realizada pelas representantes das oito freguesias do Cartaxo, abriram a 15ª edição do espectáculo da eleição da Rainha das Vindimas, no sábado à noite, no Ateneu Artístico Cartaxense.O presidente da APAAC, Vladimiro Elvas, aproveitou para chamar a atenção para o trabalho da associação que ajuda na recolha dos animais que vagueiam pelo concelho.Para Ana Carolina Carvalho, 19 anos, futura psicóloga e recém-coroada Rainha das Vindimas do concelho do Cartaxo, a situação não é nova. “Custa ver que há muitos animais que são abandonados e maltratados. É bom que nessas alturas se aproveite para abrir os olhos às pessoas. Se todos contribuirmos um bocadinho, as coisas funcionam melhor”, explicou Ana Carolina pouco depois da cerimónia. A estudante universitária foi a herdeira de uma coroa em tons lilás, criada por Paulo Peres do grupo de artes do Cartaxo. A vitória surpreendeu-a, mas Ana admite que se esforçou e deu o seu melhor. Gostou de “investigar”, “conhecer a freguesia em profundidade” e saber mais sobre o concelho. “Às vezes não nos apercebemos da riqueza do local onde vivemos. Há muita coisa bonita para se conhecer. Não é só fora do país”, descreve.Na sua opinião a experiência será enriquecedora para a sua profissão. “É muito importante saber lidar, saber estar com as pessoas e saber onde nós próprios nos encontramos. E aprendermos também acerca da nossa freguesia e do concelho. Dá-nos uma luz de como as coisas funcionam no país”.Mónica Pereira, 18 anos, representante de Vila Chã de Ourique, foi eleita primeira dama de honor. A candidata de Vale da Pinta, Márcia Crena, 18 anos, eleita segunda dama de honor, foi também considerada por unanimidade como a mais simpática.A visita guiada que as oito candidatas fizeram para dar a conhecer o melhor de cada freguesia, uma das provas avaliadas pelo júri, foi recordada nas imagens projectadas ao lado do palco.“A adiafa” foi uma vez mais o tema escolhido para o Traje Regional. As candidatas tiveram que pesquisar o traje típico da respectiva freguesia com a ajuda das colectividades. O júri decidiu atribuir o prémio do melhor traje regional à freguesia de Pontével. À freguesia de Ereira e Valada foi concedida uma menção honrosa pela pesquisa feita.Este ano o evento “Moda Cartaxo”, que normalmente decorre no Verão, juntou-se à eleição Rainha das Vindimas, preenchendo um dos espaços de animação. A soprano Elizabete Teixeira, o tenor Pedro Tavares e Abel Chaves ao piano ocuparam-se de um dos momentos de entretenimento, pouco antes do grupo “Metais” da Associação Musical do Ribatejo.Antes da coroação da rainha as 14 antecessoras de Ana Carolina subiram ao palco para reviver a experiência e a nova coroa passou de mão em mão até ao trono. As antigas candidatas foram as únicas a lembrar o nome do grande impulsionador da Rainha das Vindimas, Vítor de Sousa, que deu início ao evento com o programa “Isto é festa” da Rádio Cartaxo. Nos últimos anos o espectáculo foi dinamizado por Jorge Blanco.Este ano a produção do evento, apresentado por Ana Ribeiro e André Henriques e organizado pela câmara, esteve pela primeira vez a cargo de uma equipa de jovens do Cartaxo, coordenada por António Cardoso. “Foi uma tarefa de responsabilidade, mas não foi difícil”, garante o responsável que se mostrou “satisfeito” com o resultado do espectáculo.António Cardoso revela que o objectivo da câmara “era uma proposta de mudança”, mas sendo a Rainha das Vindimas um espectáculo com tradição de 14 anos era “importante aliar as novas tecnologias e novos conceitos de imagem com a tradição”. Ao contrário do que é habitual na Rainha das Vindimas, valorizou-se mais nesta edição a imagem das candidatas, que foram sujeitas a produção para sessões fotográficas, mas abandonou-se a prova em palco, que até aqui servia também como critério de selecção.

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